Os adversários não foram as únicas ameaças ao sucesso de Michael Phelps, 31, na Rio-2016. Nesta terça-feira (09), noite em que o norte-americano ganhou duas medalhas de ouro nos Jogos deste ano, a falta de uma touca quase atrapalhou seu desempenho no revezamento 4x200 m livre.

Phelps tinha vencido os 200 m borboleta e teve pouco mais de uma hora para se recuperar antes de entrar na disputa por equipes. Já na área de competição, enquanto Ryan Lochte abria o revezamento para os Estados Unidos, foi colocar a touca na cabeça e rasgou o equipamento. Só então percebeu que não tinha uma reserva.

"Ele me chamou e disse o que havia acontecido. E esse era um problema especialmente complicado no caso dele, por causa de uma questão de patrocinadores diferentes. Então eu peguei a minha touca, virei do avesso e entreguei para ele. Acho que ele ficou um pouco nervoso, mas já vi o Michael passar por altos e baixos. Acho que já o vi ganhar uma prova sem óculos", disse Conor Dwyer, um dos integrantes do revezamento norte-americano.

"Na hora, só pensamos em dar um jeito nisso. Mas como Conor disse, sabemos o atleta incrível que Michael é e o quanto ele está preparado para superar coisas adversas", completou Townley Haas, outro dos companheiros de time do multicampeão.

Phelps já disputou três provas no Rio de Janeiro (4x100 m livre, 200 m borboleta e 4x200 m livre) e angariou três medalhas de ouro. Ele chegou a 25 medalhas na história dos Jogos Olímpicos, recorde da competição, com direito a 21 ouros.

“Nós estamos esperando para o 4x200 m livre e aproveitamos para ver a prova dele nos 200 m borboleta. Isso foi importante para a equipe inteira. Ficamos muito empolgados com tudo que aconteceu e com o desempenho dele. Ganhamos força”, contou Haas. "Nós sabíamos que ele está muito cansado. Quando ele saiu da piscina, só nos disse que está muito velho para isso", adicionou.