Michael Phelps já coletou três medalhas de ouro em três provas na Rio-2016, mas essa é apenas metade da maratona. Recordista em pódios na história dos Jogos Olímpicos, o nadador norte-americano ainda vai disputar os 200 m medley, os 100 m borboleta e o revezamento 4x100 m medley. É um cronograma extenso para um atleta de 31 anos, e uma das consequências de tamanha demanda é que ele já começou a acusar cansaço. E as marcas roxas que Phelps exibe no corpo são a maior aposta da USA Swimming, entidade que comanda a natação nos Estados Unidos, para que o astro vença essa briga com o próprio corpo.

As marcas são decorrentes de um tratamento chamado cupping (conhecido como ventosa em português). O método é antigo, muito usado na medicina chinesa, e consiste no uso de copos de vidro que são aquecidos e colocados sobre a pele. Quando o vidro esfria, cria um vácuo e gera sucção como se fosse uma ventosa.

A ideia da técnica é soltar músculos e tendões, além de acelerar a circulação. Na Rio-2016, o tratamento tem sido usado em larga escala para acelerar o tempo de recuperação dos atletas dos Estados Unidos.

“Eu nunca usei, mas sei que Michael é um grande fã”, relatou Conor Dwyer, companheiro do astro na equipe norte-americana que venceu o revezamento 4x200 m livre. “É algo que ajuda na recuperação e que diminui o tempo que ele precisa para estar bem”, completou.

Companheiro de Dwyer no revezamento, Townley Haas é adepto do uso das ventosas. “É algo que tem mostrado um bom efeito na recuperação”, contou o nadador.

Na última terça-feira (09), Phelps disputou duas provas em pouco mais de uma hora. Venceu os 200 m borboleta, passou pela cerimônia de premiação e voltou à piscina para fechar o revezamento 4x200 m livre.

Depois disso, o técnico do astro, Bob Bowman, admitiu que Phelps está desgastado. O próprio nadador também admitiu que o corpo tem cobrado a conta da maratona dos últimos dias. “Eu estou tão cansado que nem estou vendo direito”, disse o astro.