"Muita gente poderia não acreditar que eu chegaria tão longe", diz Bellucci
José Ricardo LeiteDo UOL, no Rio de Janeiro
Criticado pelos fãs de tênis do país durante sua carreira por não ter energia em momentos cruciais das partidas e por sua instabilidade emocional, Thomaz Bellucci impressionou quem foi ao Centro Olímpico de Tênis nesta noite de terça-feira com sua entrega para superar o uruguaio Pablo Cuevas, número 21 do mundo, em três sets. Após o jogo, o tenista da casa destacou o carinho que recebeu dos torcedores durante o jogo e ressaltou a sensação de surpreender o público local ao carimbar sua passagem para a terceira rodada. Seu próximo adversário será o belga David Goffin, 13º colocado no ranking da ATP.
"Muita gente poderia não acreditar que eu chegaria tão longe, mas estou aqui", disse. "Só quem estava dentro da quadra sabe o que senti".
Segundo Bellucci, a torcida foi uma aliada importante para que ele conquistasse a vitória contra o uruguaio, que se incomodou com as vaias e gritos dos brasileiros a partir do segundo set.
"Hoje, se eu saísse derrotado, estaria feliz pelo amor que recebi da torcida. Não queria estar do lado do Pablo. É difícil não se irritar com a torcida. É difícil jogar com torcida contra. O outro jogador sabe que se perder o ponto a torcida vai cair na orelha dele. É grande a vantagem", contou.
Ele mostrou solidariedade aos compatriotas Bruno Soares e Marcelo Melo, derrotados enquanto o paulista estava em quadra contra Cuevas. Os mineiros chegaram ao Rio de Janeiro como candidatos à medalha de ouro, mas caíram nas quartas de final.
"É triste saber que o Marcelo e o Bruno perderam. Estavam todos confiantes que poderiam chegar longe", comentou.
Bellucci diz que já o que deve fazer para bater o belga David Goffin e continuar surpreendendo o público brasileiro: “Tenho que jogar agressivamente no próximo jogo”.