Goleira "gordinha" de Angola é melhor que Neymar para torcida brasileira
A seleção feminina de Angola se tornou a queridinha da torcida brasileira no handebol e tenta escrever um capítulo glorioso de sua história com a classificação praticamente assegurada para a segunda fase da Olimpíada.
E uma das responsáveis pelo feito em quadra para arrebatar o carinho dos brasileiros é Teresa Almeida, ou Bá, apelido que ostenta em sua camiseta.
A goleira chama a atenção por suas boas defesas e também por sua forma física, atípica para uma atleta de handebol. Tem 1,70 m e pesa 98 kg. Bá não se importa com a fama de gordinha que carrega por onde passa.
"Todos dizem que sou muito fofinha. Muita gente não acredita que com o corpo que tenha possa praticar um esporte como este. Mas com trabalho tudo é possível. Quero mostrar que as gordinhas também podem se dar bem no esporte", afirmou Bá sem nenhum constrangimento.
O carisma da goleira é contagiante. A cada defesa que fez na vitória sobre Montengero por 27 a 25 arrancava gritos efusivos do público, que lançou cantos para homenageá-la e até a compararam com Neymar.
"P.q.p. é melhor goleira do Brasil" e "A Bá é melhor que o Neymar" foram músicas comuns durante os 60 minutos de jogo.
"Só tenho de agradecer ao público. Não esperava contar com este apoio todo. Fico até sem palavras para descrever", disse a goleira que defende a seleção de Angola desde 2010.
A relação de Bá com o Brasil não vem de agora. Foi por causa de uma novela do país que ganhou este apelido.
"Na época que nasci estava passando a novela Sinhá Moça e tinha uma babá que era negra e se chamava Bá. Como eu era a única menina da família me colocaram este apelido. E todo mundo começou a me chamar assim", contou a goleira de 28 anos.