Handebol

Goleira "gordinha" de Angola é melhor que Neymar para torcida brasileira

ERIC FEFERBERG/AFP
Teresa Almeida, goleira de Angola, tenta defender arremesso na partida contra Montenegro pelo torneio de handebol na Rio-2016 imagem: ERIC FEFERBERG/AFP

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

A seleção feminina de Angola se tornou a queridinha da torcida brasileira no handebol e tenta escrever um capítulo glorioso de sua história com a classificação praticamente assegurada para a segunda fase da Olimpíada.

E uma das responsáveis pelo feito em quadra para arrebatar o carinho dos brasileiros é Teresa Almeida, ou Bá, apelido que ostenta em sua camiseta.

A goleira chama a atenção por suas boas defesas e também por sua forma física, atípica para uma atleta de handebol. Tem 1,70 m e pesa 98 kg. Bá não se importa com a fama de gordinha que carrega por onde passa.

"Todos dizem que sou muito fofinha. Muita gente não acredita que com o corpo que tenha possa praticar um esporte como este. Mas com trabalho tudo é possível. Quero mostrar que as gordinhas também podem se dar bem no esporte", afirmou Bá sem nenhum constrangimento.

O carisma da goleira é contagiante. A cada defesa que fez na vitória sobre Montengero por 27 a 25 arrancava gritos efusivos do público, que lançou cantos para homenageá-la e até a compararam com Neymar.

"P.q.p. é melhor goleira do Brasil" e "A Bá é melhor que o Neymar" foram músicas comuns durante os 60 minutos de jogo.

"Só tenho de agradecer ao público. Não esperava contar com este apoio todo. Fico até sem palavras para descrever", disse a goleira que defende a seleção de Angola desde 2010.

A relação de Bá com o Brasil não vem de agora. Foi por causa de uma novela do país que ganhou este apelido.

"Na época que nasci estava passando a novela Sinhá Moça e tinha uma babá que era negra e se chamava Bá. Como eu era a única menina da família me colocaram este apelido. E todo mundo começou a me chamar assim", contou a goleira de 28 anos. 

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