Príncipe do Butão vai ao Sambódromo e curva-se diante arqueiros na Rio-2016

Luis Augusto Simon
Do UOL, no Rio de Janeiro
UOL
Príncipe do Butão, HRH Jigyel Ugyen Wangchuck tira foto com voluntários da Rio-2016

HRH Jigyel Ugyen Wangchuck, príncipe do Butão, foi ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí cumprimentar os arqueiros que defenderam o país. Cercado por alguns seguranças, curvou-se diante deles.

Aos 32 anos, o príncipe diz ser um aficionado de esportes. "O Butão é fraco em esportes, mas tem uma tradição muito grande em tiro ao arco. Vamos melhorar até 2020", afirmou o príncipe.

A princípio, ele recusou-se a tirar fotos. Pediu que os arqueiros fossem a notícia. Depois de muita insistência, aceitou, mas requisitou que alguns voluntários se juntassem a foto.

O Butão é considerado o país da felicidade, mas o príncipe viu essas qualidades também no Brasil. Disse que voltará um dia, mas garantiu que não cairá no samba.

Marcus Vinicius: "Vale apostas na gente"

Eliminado da Rio-2016 nesta terça (9) pelo norte americano Jake Kaminski, o arqueiro brasileiro Marcus Vinicius D'Almeida mostrou-se animado com a perspectiva de o tiro com arco continuar recebendo o apoio que teve no último ciclo olímpico.

"Gosto de analisar por equipe. E, mesmo sendo um esporte novo, sem tradição, conseguimos classificar o Daniel Bernardo entre os 16 melhores. Vale apostar na gente", afirmou o jovem de 18 anos. 

Marcus Vinicius recebe bolsa-atleta, bolsa-pódio e tem três patrocinadores particulares. Se tudo continuar bem, ele tem uma certeza para o futuro. "O esporte molda pessoas. Veja quanta gente veio torcer. Eu serei uma pessoa melhor em 2020 e também um arqueiro melhor. Tenho certeza."

O adversário era muito difícil, medalha de prata na competição por equipes. E começou com um 10. Marcus respondeu com seu pior tiro, apenas cinco. "A luz e o vento atrapalharam, mas logo me adaptei", explicou. Vieram dois noves, como Kaminski, que fechou a primeira parcial em 28/23.

O segundo set foi muito bom. Marcus começou com um dez, superior ao nove de Kaminski. Depois, um oito, que o rival respondeu com dez. O brasileiro acertou no alvo, dez novamente. Após a fraca resposta do rival com um sete, D'Almeida fechou com 28/26.

A torcida, basicamente uns 30 amigos e familiares, toda uniformizada, vibrou muito. "Torcida tem só qualidade, não atrapalha nunca. Foi um incentivo muito grande para mim". Insuficiente para levá-lo à vitória.

No fim, Kaminski começou com dez e o brasileiro respondeu com oito. Kaminski fez novo dez e Marcus replicou, também com um tiro perfeito. O terceiro tiro do americano definiu a partida. Foi um nove. Marcus, já eliminado, fez oito e o set fechou com 29/26.

Terminou a Olimpíada, mas fica a lembrança. "Uma Olimpíada no Rio é algo que talvez nunca mais aconteça. Eu sou muito feliz por ter vivido essa experiência."