Vôlei

DJ do vôlei de praia usa É o Tchan e Olodum para deixar egípcias 'em casa'

AP Photo/Marcio Jose Sanchez
Doaa Elgobashy (d) Nada Meawad (e) agradecem o apoio da torcida brasileira na Arena de Copacabana imagem: AP Photo/Marcio Jose Sanchez

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

A muçulmana Doaa Elgobashy e sua parceira, Nada Meawad, caíram nas graças da torcida brasileira em Copacabana. E se os nomes não são nada familiares, uma característica chama a atenção de quem acompanha os jogos do Vôlei de Praia e rapidamente identifica a dupla do Egito: a roupa pouca usual para a disputa nas areias - calças, mangas compridas e até um véu para Doaa. Mesmo sem o tradicional biquíni e com resultados nada animadores, elas receberam muito carinho das arquibancadas e até uma atenção especial dos animadores e dos DJs.

Para tentar deixar a dupla mais à vontade e estreitar a relação da torcida com as atletas, os responsáveis pela interação com o público apelaram para o som de bandas como "É o Tchan" e "Olodum".

O axé baiano deu o tom no jogo desta terça-feira (9) entre as egípcias e as italianas Marta Menegatti e Laura Giombini.

"Tive uma ideia e falei com o DJ Roched. Ele é americano e não entendeu muito, mas comprou minha ideia. Utilizei músicas que lembrassem o Egito para animar a torcida. Deu muito certo. Peguei o microfone e cantei. O pessoal abraçou essas meninas. Queríamos deixar um ambiente legal para que se sentissem em casa. É muito bacana", explicou o animador Maradona Leandro Marques, que puxava as músicas "Ê, faraó", do Olodum, e "Dança do Ventre", do "É o Tchan".

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Animador Maradona Marques sugeriu repertório musical para apoiar dupla do Egito imagem: UOL

Bastava Maradona começar com "Ali Babá..." que o público ia ao delírio. E já nem se importava mais com a derrota da dupla para a Itália. Os poucos pontos na derrota por 2 sets a 0 eram ainda mais festejados.

Questionada sobre as músicas, Dooa disse não ter reparado, mas agradeceu o carinho. Já as italianas entenderam bem que estavam jogando fora de casa. "A torcida estava contra, mas o local e o motivo são legais", comentou Marta Menegatti.

O clima que mescla Bahia e Egito, no entanto, não deverá durar muito mais nas arquibancadas da Arena de Copacabana. Sem maiores chances na Rio-2016, elas podem se despedir da disputa do vôlei de praia na próxima quinta (11), na última rodada da fase de grupos, contra as canadenses J. L. Broder e Valjas, às 15h30.

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