Brasileiro diz que pensar em medalha pode levar dupla a "tomar ferro"

Em basicamente todas as projeções antes da Rio-2016, Evandro e Pedro Solberg eram cogitados para ficar com uma das medalhas em disputa no vôlei de praia masculino. Até mesmo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) apostavam nisso. As derrotas nos dois primeiros jogos da dupla, no entanto, ligaram o sinal de alerta em todos.

E até mesmo os jogadores admitem a preocupação com a situação atual no grupo e o pensamento a todo momento em buscar uma medalha.

"Não quero nem falar em medalha. A gente não pode ficar com a cabeça nisso. É preciso pensar em um jogo de cada vez. Se pensarmos em medalha, vamos tomar ferro no jogo. Não adianta jogar contra Canadá [nesta terça-feira], contra Letônia [próxima rodada] e pensar com a cabeça lá na frente. Só atrapalha. Você vai ficar maluco mesmo. E não executa o que precisa dentro de quadra", avaliou Evandro.

A derrota nesta terça (9) para os canadenses Schalk e Saxton foi a segunda da dupla nos Jogos. Na estreia, Pedro e Evandro já tinham sido derrotados pelos cubanos Diaz e Gonzalez.

Para evitar uma eliminação precoce e manter vivo o sonho da esperada medalha, a dupla brasileira tem que vencer os letões Samoilovs e Smejdins na quinta (11) e torcer para entrarem como um dos dois melhores terceiros colocados. O regulamento ainda prevê que os quatro piores terceiros disputem a última vaga da fase final em um mata-mata.

Mesmo reconhecendo a situação delicada, Pedro Solberg não joga a toalha. "A cabeça ainda está forte. Temos uma última chance. Enquanto tiver uma luz no fim do túnel, vamos brigar pela vaga. Não tem motivo para desesperar. O que aconteceu é que antecipamos o mata-mata em uma rodada: se ganhar, estamos dentro. Se perder, fora. Estamos tranquilos, vamos jogar", minimizou.