Brasil nega salto alto em derrota no handebol: "Temos noção do nosso lugar"

Eduardo Ohata
Do UOL, no Rio de Janeiro
Marko Djurica/Reuters
Brasil foi derrotado por 31 a 28 pela Eslovênia no segundo jogo do handebol masculino

A derrota para a Eslovênia no handebol masculino deixou um sabor de frustração para os jogadores do Brasil, especialmente após a espetacular vitória sobre a favorita Polônia na estreia. Para os atletas, porém, não houve excesso de confiança – o famoso "salto alto" – no revés desta terça-feira (9).

"Não acho que a vitória surpreendente sobre a Polônia na primeira partida tenha feito com que tenha subido muito a nossa confiança. Nós temos noção do nosso lugar, sabemos que individualmente nossa equipe é fraca, mas se faz forte por conta do coletivo, do conjunto", disse o armador Oswaldo Guimarães.

Para o técnico da seleção, o espanhol Jordi Ribera, o principal fator que contribuiu para a derrota foi a falta de experiência do jovem time do Brasil. Na visão dele, a equipe verde-amarela ficou ansiosa demais para reverter rapidamente o placar após os eslovenos abrirem vantagem no início da partida.

"Hoje enfrentamos um adversário difícil e começamos mal, se for comparar com o jogo contra a Polônia. O que nos dificultou ainda mais foi o fato deles saírem na frente no começo do jogo. Tentamos resolver rapidamente, e para esse tipo de coisa tem que ter mais paciência", avaliou.

O central João Pedro da Silva foi na mesma linha do treinador. "Não acertamos algumas ações, tivemos algumas oportunidades de passar à frente, mas às vezes a experiência da equipe deixou um pouco a desejar. Estamos tristes, mas de cabeça erguida para o próximo jogo", afirmou.

Jogo, aliás, que promete ser muito complicado para o Brasil, que tentar passar da primeira fase pela primeira vez em uma Olimpíada no masculino. O adversário será a Alemanha, atual campeã europeia, nesta quinta-feira (11), a partir das 16h40 (de Brasília).

"Não dá para pensar em matemática ainda. Vamos jogo a jogo", resumiu Oswaldo.