Queda de Djokovic confirma "maldição" do número 1 no tênis olímpico
Do UOL, em São PauloO fracasso de Novak Djokovic diante de Juan Martin Del Potro, na primeira rodada dos Jogos do Rio de Janeiro, deu continuidade a uma sina que já dura 28 anos no tênis olímpico: desde a edição de 1988, em Seul, nunca um líder do ranking chegou ao lugar mais alto do pódio.
O ano de 1988 marcou o retorno do tênis à Olimpíada. A “maldição” teve início com o tcheco Ivan Lendl, que não jogou na Coreia do Sul. Cabeça de chave número 1 com a ausência do rival, o sueco Stefan Edberg perdeu nas semifinais para o tcheco Miroslav Mecir.
Quatro anos mais tarde, em Barcelona, o norte-americano Jim Courier sucumbiu na semifinal diante do suíço Marc Rosset, que ficou com o ouro.
Em 1996, o norte-americano Pete Sampras optou por não disputar os Jogos. A primeira colocação terminou com seu compatriota Andre Agassi, o único cabeça 1 a confirmar o favoritismo na disputa.
Em 2000, Agassi, então número 1, não viajou a Sydney para tentar o bicampeonato olímpico. O russo Marat Safin saiu como o melhor colocado da chave, mas viu seu conterrâneo Yevgeny Kafelnikov terminar com a medalha dourada.
O suíço Roger Federer chegou aos Jogos de Atenas, em 2004, no topo do ranking, mas parou na segunda rodada. O chileno Nicolás Massú, maior zebra da história recente do tênis olímpico, fez uma campanha memorável e levou o ouro contra Mardy Fish, dos Estados Unidos.
Rafael Nadal desembarcou em Pequim, em 2008, como vice-líder do ranking. Federer, o número 1, sucumbiu nas quartas de final e viu o espanhol terminar com a medalha de ouro. Na semana seguinte, Nadal assumiu a ponta.
Em 2012, mesmo com a liderança na lista da ATP, Federer foi derrotado na final para Andy Murray, que fez a festa da torcida londrina.