Infraestrutura

Nem food truck salva: Rio-2016 fecha fim de semana com comida na berlinda

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Menu do Parque Olímpico em foto deste domingo (7) imagem: UOL

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

Medalhas, recordes, vitórias históricas e registros de superação, como esperado, marcaram os primeiros dias dos Jogos Rio-2016 dentro de arenas e outras instalações esportivas. As conquistas, no entanto, dividiram espaço e atenção com problemas. A falta de comida deu o tom do primeiro fim de semana da Olimpíada, irritando parte do público e preocupando o Comitê Organizador.

A confusão começou ainda na manhã de sábado (6). Após mais de uma hora em filas, os torcedores não encontravam opções nos bares do Parque Olímpico. Em muitas arenas, apenas pipoca, amendoim e bebidas. Sanduíches e salgados eram artigos raros.

À noite, na Arena do Futuro, os bares foram fechados por falta de abastecimento. Os torcedores eram liberados para circularem fora do local e comprarem em outros locais, antes de voltar para o jogo - algo proibido normalmente.

O caso mais grave foi notado em Deodoro. No centro de tiro, o público não teve o que comer durante todo o dia - apenas bebidas. Isolado de outros lugares, o local não tinha opções por perto.

"Está caótico isso aqui. Não dá para entender, é uma Olimpíada. Paguei R$ 250 em ingressos para a família e não tenho o que comer", lamentava o administrador Lucas Coelho.

O caso manchou o primeiro dia e virou pauta da coletiva de imprensa do Comitê no domingo (7). "Nossa capacidade de reação aos problemas é que vai dizer como seremos avaliados", disse o diretor de comunicação da Rio-2016, Mário Andrada.

Torcedores reclamam de falta de comida no Parque Olímpico

Mas a reação não chegou. Um plano de emergência foi anunciado e até food trucks foram instalados próximos ao estádio de tênis. Nada salvou. A solução não durou muitas horas, visto que algumas barracas já se encontravam sem comida antes das 17h.

Dentro das arenas, o cardápio foi reduzido. Apenas amendoins, batatas chips e biscoitos de polvilho eram vendidos. "Foram 12 medidas. Tivemos de reduzir essa disponibilidade de comidas quentes que tinham que ser produzidas nos fornos e demoravam mais tempo", informou Andrada.

No Maracanãzinho, situação complicada também com bebidas. Ao menos três bares do piso inferior chegaram a fechar por falta de água para vender. Em Deodoro, a comida chegou por volta das 13h - apenas com x-burger. Pela manhã, as lanchonetes sequer abriram.

Ainda assim, o Comitê afirmava que "90% ou 95%" das questões estavam resolvidas. A semana se inicia com o desafio de que a Rio-2016 transforme os números em fatos concretos, disponibilizando opções e estoque reforçado nos Jogos.

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