! Novatas do Brasil se destacam na ginástica e avançam para finais - 07/08/2016 - UOL Olimpíadas

Relatos das provas

Novatas do Brasil se destacam na ginástica e avançam para finais

Fábio Aleixo e Rodrigo Mattos

do UOL, no Rio de Janeiro

Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, novatas da seleção brasileira de ginástica artística, tiveram uma tarde inspirada neste domingo. Na Arena Olímpica do Rio, na Barra da Tijuca, as atletas de 16 e 17 anos, respectivamente, que estreiam em Jogos Olímpicos, ofuscaram as experientes Daniele Hypólito e Jade Barbosa e conquistaram os melhores resultados para o Brasil, ajudando o time a se garantir na final por equipes e também avançando para decisões individuais.

Flavinha, como é conhecida, conseguiu sua segunda melhor nota da vida na trave. Muito ovacionada pelo público, a caçula da seleção brasileira anotou 15,133 em sua apresentação e se classificou para a final do aparelho, que acontece no dia 15. Neste ano, na etapa de Baku (AZE) da Copa do Mundo, ela havia feito 15,150.

Para se ter uma ideia, a nota obtida por Flávia neste domingo lhe valeria um segundo lugar no Campeonato Mundial de Glasgow, em 2015. Ela ficou com a terceira colocação geral na trave, atrás apenas das americanas Simone Biles (15,633) e Lauren Hernandez (15,366).

Já Rebeca Andrade, com um desempenho consistente em todas as séries, ficou com o quarto lugar no individual geral, com uma somatória de 58,732, e foi à final. Flávia, com 56,532, também avançou à decisão do individual geral, na 19ª colocação (avançaram 24 atletas). A final é no dia 11.

O Brasil terminou a classificação geral por equipes na quinta posição, com 174,054 pontos, atrás apenas de EUA, China, Rússia e Grã-Bretanha. Também avançaram à decisão Alemanha, Japão e Holanda.

Brasil vai mal no solo e fica fora de final individual

No solo, na segunda rotação, a seleção brasileira não conseguiu repetir o bom desempenho mostrado na trave e acabou ficando fora da final individual.

Daniele Hypólito e Jade Barbosa, as duas primeiras da equipe, não conseguiram boas notas. Daniele, que caiu sentada na tentativa de um dos movimentos, somou apenas 12,400. Jade foi um pouco melhor, mas não passou dos 13,733.

As melhores brasileiras foram Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, terceira e quarta ginastas da equipe verde-amarela a se apresentarem no solo. Ao som de Beyoncé, Rebeca fez uma série correta, com bom nível de dificuldade, e somou 14,033. Flavinha, xodó da seleção, novamente esbanjou carisma e levantou a torcida, mas ficou exatamente com a mesma nota da compatriota, o que gerou vaias da torcida.

No salto, Brasil opta apenas por nota por equipes; Rebeca brilha

Julio Cortez/AP
Rebeca teve uma tarde inspirada neste domingo imagem: Julio Cortez/AP

Na prova do salto, a seleção brasileira optou por cada atleta fazer apenas um salto, o que conta apenas para pontuação por equipes. A estratégia faz parte do planejamento da comissão técnica. Se quisessem tentar a final individual, as atletas precisariam fazer dois saltos cada.

Neste aparelho, o destaque ficou por conta de Rebeca Andrade, que, mesmo com um passo à frente, realizou um salto com alto grau de dificuldade, somando uma nota de 15,566. Para se ter uma ideia, a maior nota até agora foi da norte-coreana Un Jong Hong, com 15,766.

Antes de Rebeca, Jade Barbosa marcou 14,900, Flávia Saraiva 14,633 e Lorrane Oliveira 14,833. Daniele Hypólito foi reserva neste aparelho.

Brasil fica fora da final individual nas barras assimétricas

Assim como no solo, o Brasil não conseguiu classificar nenhuma atleta para a final individual nas barras assimétricas. A melhor brasileira foi Rebeca Andrade, com 14,933, mas não suficiente para entrar no grupo das oito melhores atletas e continuar viva por uma vaga na decisão.

Jade Barbosa somou 14,266, enquanto Lorrane Oliveira conseguiu 14,158. Flávia Saraiva, com uma queda, teve o pior desempenho, com apenas 12,733.

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