Ministro de Portugal é assaltado em Ipanema
Vinícius SegallaDo UOL, no Rio de Janeiro
Um ministro de Estado de Portugal foi assaltado na tarde deste sábado (6), próximo à orla da praia de Ipanema, na zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi rendido por Marcio Luiz Brandão, 26, que se aproximou com uma faca e exigiu a entrega de dinheiro, celular e bolsa. As informações são da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
O assaltante fugiu a pé logo após cometer o assalto, mas foi cercado por moradores do bairro. Eles acionaram a Polícia Militar, que executa na região a operação de ronda ostensiva Lagoa Presente, sob responsabilidade do capitão André - o subtenente Barros, da mesma equipe, foi quem efetuou a prisão. Os pertences roubados por Marcio Luiz Brandão foram devolvidos ao ministro.
O bandido foi levado para a Deat (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante. Imediatamente após o procedimento, a Polícia Civil decretou sigilo nas investigações e passou a não mais fornecer qualquer informação a respeito da ocorrência - nem mesmo o nome do ministro.
A informação de que a vítima do assalto é um ministro de Estado português foi confirmada pelo subtenente Barrros antes do sigilo ser decretado. Depois da instauração do segredo de Justiça, duas fontes ouvidas pelo UOL Esporte afirmaram que o ministro assaltado foi Tiago Brandão Rodrigues, da pasta da Educação, que está no Brasil acompanhando a delegação de seu país que participa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
O UOL Esporte apurou também que um funcionário do Ministério das Relações Exteriores ligou na Deat e pediu para que a investigação corresse em sigilo, solicitação que foi atendida. O ministro teria entrado e saído da delegacia em um carro descaracterizado da Polícia Militar, indo diretamente dar depoimento ao delegado em serviço.
Brandão passará a noite na delegacia. Ele vai responder por roubo. No domingo, será transferido para o complexo penitenciário de Bangu. Ele já tem passagem pela polícia - sua última condenação foi por tráfico de drogas. De acordo com a mulher do preso, Lidiane Aguiar, que se dirigiu à delegacia para tentar vê-lo, seu marido "fez essa besteira" porque não consegue arrumar trabalho.
Ele estava em liberdade condicional há um ano e, segundo Lidiane, vinha cumprindo rigorosamente as determinações da Justiça. "Mas ele estava desesperado porque não conseguia arrumar emprego. Estamos morando de aluguel e nossa situação está muito difícil", disse ela, moradora do Morro do Vidigal, na zona sul.