! Brasil reage, mas perde para Lituânia após 'surra' no 1º tempo - 07/08/2016 - UOL Olimpíadas

Relatos das provas

Brasil reage, mas perde para Lituânia após 'surra' no 1º tempo

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

Bastou um tempo de jogo para que a Lituânia mostrasse quem iria mandar na Arena Carioca 1 na tarde deste domingo (7), no confronto contra o Brasil na estreia das equipes no basquete masculino da Rio-2016. Com dois quartos iniciais irretocáveis, os europeus calaram os brasileiros que compareceram em bom número ao local. A seleção do técnico Rubén Magnano ainda teve uma ótima reação na segunda etapa, mas a "surra" da primeira metade determinou a derrota por 82 a 76.

Comandante da reação brasileira, Leandrinho foi o cestinha do duelo com 21 pontos; pela Lituânia, Paulius Jankunas foi o principal pontuador com 15.

O começo do Brasil foi tão ruim que nem o locutor da Arena conseguiu animar o público: por muito tempo o tom nas arquibancadas foi marcado por um grupo de aproximadamente 20 lituanos. Os brasileiros só acordaram no terceiro quarto, empolgados com uma reação que acabaria sendo frustrada em quadra.

Apático no início, o Brasil foi engolido pela marcação adversária. O time do técnico Rubén Magnano demorou demais para acordar e ficou longe de ser a equipe que venceu todos os confrontos na fase preparatória para os Jogos Olímpicos – inclusive a própria Lituânia, há uma semana.

Tendo que buscar recuperação no grupo B, o Brasil tem jogo duríssimo contra a Espanha às 14h15 desta terça-feira (09). Depois ainda pega Croácia, Argentina e Nigéria tendo que vencer três vezes para não ficar no caminho dos favoritos Estados Unidos.

Começo ruim e falta de padrão

Jogando aquém do normal no primeiro quarto, a seleção brasileira começou com a defesa pouco combativa, sem conseguir forçar a Lituânia ao improviso. O técnico Rubén Magnano utilizou dez atletas só no primeiro quarto, mas o time não se encontrou em nenhuma formação.

Fechando o primeiro período dez pontos atrás da Lituânia, o Brasil passou a errar cada vez mais, precipitando ataques e sendo absolutamente atropelado na defesa. Com fraco aproveitamento nos arremessos de quadra, a seleção foi para o intervalo com a metade dos pontos da adversária: 58 a 29.

Reação tardia quase surpreende

REUTERS/Jim Young
imagem: REUTERS/Jim Young

A volta do intervalo com quatro pontos seguidos criou a falsa esperança de que a seleção reagiria no terceiro quarto. A marcação no perímetro melhorou e impediu que a Lituânia mantivesse vantagem confortável. Muito mais preciso nos arremessos, a seleção chegou a estar cinco pontos atrás e flertou com uma virada história, mas perdeu fôlego nos dois últimos minutos.

Leandrinho e Nenê mudam o jogo

REUTERS/Jim Young
imagem: REUTERS/Jim Young

Leandrinho e Nenê voltaram do intervalo dispostos a mudar os rumos do jogo. O primeiro tinha saído cedo de quadra, após cometer duas faltas no início do jogo, e a seleção sentiu muito a sua ausência. Foi ele o responsável por marcar o ritmo da segunda metade, incomparavelmente melhor do que a inicial.

Nenê também foi determinante, chamando a responsabilidade e recebendo faltas para pendurar a defesa lituana. Ele passou os dois primeiros quartos "esquecido" por Magnano no banco de reservas.

Torcida tenta empurrar como pode

A torcida compareceu em peso à arena, mas o começo ruim tirou toda a empolgação da arquibancada e o tradicional “Brasil, Brasil” só ganhou a arena com 16 minutos de jogo. Já no intervalo o clima do ginásio era de velório, com os torcedores em silêncio. A boa atuação no terceiro quarto permitiu um tímido “Eu acredito!”, que cresceu muito, proporcionalmente à queda da desvantagem, mas terminou em desapontamento.

Derrota dolorosa e olho no futuro

REUTERS/Jim Young
imagem: REUTERS/Jim Young

No blog Bala na Cesta, o blogueiro Fábio Balassiano escreve sobre como a esperança que a reação brasileira alimentou tornou a derrota na estreia da Rio-2016 ainda mais dolorosa, "Se existisse um roteiro emocionante para a estreia, ele não poderia ser mais fiel do que o que foi visto, na prática, na Arena Carioca. Já no Vinte Um, Giancarlo Giampietro olha para a sequência dos Jogos e avalia o que no revés pode ser aproveitado por Magnano.

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