! Sarah e Kitadai perdem e dão adeus ao bronze; brasileira tem luxação - 06/08/2016 - UOL Olimpíadas

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Atualizada em 08.08.2016 21h05

Sarah e Kitadai perdem e dão adeus ao bronze; brasileira tem luxação

Bruno Doro

Do UOL, no Rio de Janeiro

Sarah Menezes (48 kg) e Felipe Kitadai (60 kg) foram derrotados na repescagem do judô e deixaram Olimpíada do Rio sem medalhas. Sarah Menezes  foi eliminada da repescagem no golden score e deixou a Arena Carioca 2 com uma luxação no cotovelo direito. Kitadai perdeu logo depois para o atleta do Uzbequistão Rishod Sobirov por ippon. 

Depois de ser derrotada, Sarah Menezes chorou muito e precisou ir ao posto médico da Arena Carioca 2 por conta do braço direito, imobilizado pela adversária antes mesmo da disputa do golden score. Ela sofreu uma luxação no cotovelo direito e está na ambulância para a policlínica na Vila Olímpica. "A Sarah sofreu uma chave de braço e relatou que sentiu o cotovelo saindo do lugar. Ela mesma colocou o cotovelo no lugar antes do golden score", comentou o médico do judô Mateus Saito. 

Agora, Sarah Menezes está sob cuidado do Breno Schor, médico da Confederação Brasileira de Judô que está trabalhando na policlínica. Ela passará por exames na tarde deste sábado para ver o tamanho da lesão. 

Laurence Griffiths/Getty
imagem: Laurence Griffiths/Getty

A luta de Sarah na repescagem

Após ser eliminada da chave principal dos ligeiros (48kg) pela cubana Dayaris Mestre Alvarez, Sarah Menezes perdeu sua primeira luta na repescagem. A algoz foi a mongol Urantsetseg Munkhbat, campeã mundial de 2013 e líder do ranking da Federação Internacional de Judô. Ela foi derrotada no golden score por imobilização. 

A luta ficou empatada no tempo normal, com uma penalidade para cada atleta, assim, a disputa foi para o golden score. Com 52 segundos, a brasileira acabou sendo imobilizada e foi dada a vitória para a mongol. 

"Taticamente ela não entrou bem na luta. Errou na forma de segurar o quimono. Ela sabia que a luta contra a mongol era dura. A Sarah tem lutado de igual pra igual com ela. Mas não deu. O ciclo dela foi instável, mas no final ela teve uma temporada ascendente e conseguiu pódio em todas as suas lutas este ano”, comentou o técnico do judô brasileiro, Ney Wilson. 

Defender um título importante é sempre difícil. Quando Sarah venceu em Londres, foi uma surpresa. Mas a medalha de ouro virou um alvo. Nos últimos quatro anos, foram muito mais derrotas do que o esperado. E uma fase sem títulos entre 2014 e 2015 que durou quase um ano.

Felipe Kitadai leva ippon e também fica sem medalha

Danilo Verpa/Nopp
imagem: Danilo Verpa/Nopp

O Uzbequistão não traz lembranças muito boas para Felipe Kitadai. Primeiro foi em Londres-2012. Rishod Sobirov o derrotou nas quartas de final na Inglaterra, acabando com seu sonho de ouro. Agora, no Rio de Janeiro foi a vez de Diyorbek Urozboev, vice-campeão asiático em abril, acabar com suas chances de subir ao pódio em casa.

O combate valia pela final da repescagem: se vencesse, o brasileiro iria para a decisão da medalha de bronze, contra o perdedor de uma das semifinais da categoria ligeiro (60kg).

“O Kitadai não teve grandes resultados no ciclo olímpico. Mas estava muito bem preparado”, disse o treinador do Brasil. 

A derrota chega em um dia inspirado do medalhista de bronze de 2012. Em sua estreia, ele perdia até os dez segundos finais, quando conseguiu derrubar o francês Walide Khyar, atual campeão europeu. Recebeu um yuko, a menor pontuação possível, mas que valeu como um ippon, o golpe vencedor. Depois, derrotou com tranquilidade o alemão Tobias Englmaier nas oitavas.

Sina dos campeões olímpicos segue viva no Brasil

Em provas individuais, o Brasil tem só dois bicampeões olímpicos, Robert Scheidt, da vela, e Adhemar Ferreira da Silva, do atletismo. Mas só Adhemar, há 60 anos, conseguiu o segundo ouro quatro anos depois do primeiro. Scheidt tem uma prata, de Sydney-2000, entre os dois ouros de Atlanta-1996 e Atenas-2004.

A introdução serve para lamentar as duas derrotas de Sarah Menezes, a primeira campeã olímpica do judô, neste sábado, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A sina de campeões olímpicos, que já tinha atingido nomes como Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, do judô, Joaquim Cruz, do atletismo, ou até Guilherme Paraense, do tiro esportivo, caiu sobre a piauiense.

 

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