Olimpíadas 2016

Rio-2016 tem desafio de resolver caos na operação neste domingo

UOL
Fila de quase 1 km no vôlei de praia foi um dos problemas enfrentados pelos organizadores da Rio-2016 neste sábado imagem: UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

O primeiro dia da Olimpíada Rio-2016 foi marcado por uma série de problemas que afetaram os espectadores que foram às competições. Entre as questões, estavam filas enormes, problemas na revista de segurança, desorganização interna no Parque Olímpico, desabastecimento de comida, transporte e até uma bala perdida em uma instalação. Quem estava empolgado com a festa da abertura na sexta-feira se decepcionou.

“Chegamos bastante animados pela festa, mas vimos que a realidade é dura nesta manhã. Mas já começamos a lutar para resolver tudo”, comentou o diretor de comunicação do Rio-2016, Mario Andrada. Veja quais pontos da organização olímpica mais tiveram problemas no primeiro dia, e a tentativa de solução:

Filas longas: problema de coordenação

A primeira experiência olímpica do público foi com filas de até duas horas observadas nos acessos Arena de Vôlei Olímpica, em Copacabana, e no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. O Comitê Rio-2016 atribuiu a falta de coordenação entre as equipes que atuaram na entrada - Força Nacional e empresa de segurança. O problema durou toda a manhã e melhorou na parte da tarde quando foram abertos outros acessos. 

Segurança: sem raio-X e com revista manual

Juntamente com a questão da demora, houve problemas na revista dos acessos às instalações. Os aparelhos de raio-X paravam de funcionar ou era mal operados, desligando constantemente. Com isso, o Rio-2016 admitiu ter aberto mão da revista por raio-X de diversas pessoas, o que comprometeu a segurança da instalação. Ou seja, poderia ter entrado uma bomba no local. O Comitê reconheceu que era um risco, mas adotado para resolver o problema do acesso.

Comida: os funcionários não chegaram

Ao entrar no Parque, o público tinha outra decepção: a falta de comida e grande espera para chegar às lanchonetes. Havia filas de até uma hora. E, quando conseguiam atingir o balcão, podia haver apenas pipoca como ocorreu nas sedes de Deodoro e mesmo em certos locais do Parque Olímpico. O Mcdonald´s, que poderia ser uma alternativa, teve um teto que cedeu e teve que ser fechado.

O Comitê Rio-2016 informou que a falta de comida ocorreu por causa do problema de acesso no Parque Olímpico. Em resumo, os funcionários que trabalham no abastecimento e na logística não conseguiam entrar nas instalações, e por isso o alimento não era transportado e preparado a tempo para o público. Segundo os organizadores, não faltou comida.  

Transporte: motoristas se perderam

Para chegar ao Parque Olímpico, houve problemas. Recém-inaugurado, o metrô funcionou perfeitamente, assim como sua ligação com o BRT (corredor de ônibus exclusivo). A questão é que havia menos ônibus do que necessário para transportar o público. Foi um problema menor perto dos outros. Mas o Comitê Rio-2016 informou já ter contatado a prefeitura para reforçar a quantidade de transporte para o Parque. 

No transporte da organização olímpica, houve outra questão que poderia ser resolvida com um simples GPS: os motoristas não sabiam o caminho, segundo relatos. Em Deodoro, ônibus demoravam horas. O Comitê Rio-2016 informou não ter ouvido esses relatos e que a maioria dos contratados tinham funcionários que conheciam os trajetos.

Instalações desorganizadas: voluntários perdidos

Havia ainda filas internas para acessar as arenas e uma total desorganização entre voluntários para explicar onde cada um devia se dirigir. Pior, com o sol forte e o calor, houve pessoas que passaram mal nas filas. Mas a policlínica no Parque Olímpico tinha um atendimento lento e precário, um dos que passou mal demorou 15min para ser acudido.

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