Atletas lésbicas da Rio-2016 denunciam homofobia da torcida no futebol
Do UOL, em São PauloO constrangedor grito de “bicha” nos estádios do Brasil tem incomodado também as atletas do futebol feminino. Megan Rapinoe, meio-campista da seleção dos Estados Unidos, reclama do canto homofóbico nas partidas do futebol olímpico da Rio-2016.
“É pessoalmente doloroso”, lamenta a jogadora, que assume publicamente sua homossexualidade. “Creio que seja algo do comportamento coletivo que toma conta das pessoas um pouco”, conta ao jornal Los Angeles Times.
O comportamento homofóbico dos torcedores já foi relatado em pelo menos duas partidas do futebol feminino olímpico, ambas disputadas na última quinta-feira (03). Uma foi entre Canadá e Zimbábue, em São Paulo. Rapinoe estava em campo na outra: a vitória dos EUA sobre a Nova Zelândia por 2 a 0, no Mineirão. Na ocasião, o “bicha” se misturou ao grito de “zika”, com o qual os brasileiros tentaram desconcentrar a goleira Hope Solo, que recentemente fez piada com o vírus nas redes sociais.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) não se pronuncia sobre o comportamento das torcidas na Rio-2016.