Protesto contra Rio-2016 tem manifestante detido, bombas e metrô fechado
Um grupo contrário à realização dos Jogos Rio 2016 participa de um protesto pelas ruas do entorno do estádio do Maracanã nesta sexta-feira (5), sob forte vigilância da polícia, em uma manifestação realizada horas antes da cerimônia de abertura.
A estação Afonso Pena do metrô, que vinha sendo usada para chegar ao Maracanã apesar de não dar acesso direto ao estádio, foi fechada por conta da manifestação.
A segurança do metrô informou que, por volta das 18h, a polícia usou bombas de gás para dispersar um grupo de manifestantes que ateou fogo a uma bandeira do Brasil na praça Afonso Pena. Foi possível sentir o cheiro do gás de pimenta dentro da estação. A ação da PM causou revolta em pessoas que estavam próximas ao local, que fica em uma área residencial da Tijuca.
Também houve confusão dentro de uma padaria, que foi danificada pela entrada de manifestantes e da polícia. Um homem foi detido no tumulto.
O esquema reforçado de segurança, devido à presença de dezenas de chefes de Estados e atletas do mundo inteiro, foi montado nas vias de acesso ao estádio, com a presença de homens das Forças Armadas portando fuzis.
Um grupo de manifestantes carregava uma grande faixa preta que denunciava o que chamavam de "Jogos da exclusão", acusando as autoridades de investir na preparação Olímpica em detrimento de gastos em áreas como saúde e educação.
A Polícia Militar montou um cordão de isolamento com a cavalaria e os manifestantes não puderam avançar. Manifestantes pararam de avançar, por uns instantes, e havia representantes negociando com um oficial da polícia.
A professora Joana Souza, de 44 anos e moradora do bairro da Tijuca, levou seu próprio cartaz com a frase "Olimpíada bilionária e saúde precária".
"O povo tem que denunciar esse absurdo. R$ 40 bilhões na Olimpíada e não tem remédio no hospital nem professor nas escolas."
Ao mesmo tempo, havia na rua gente em defesa dos Jogos. "Sou a favor da Olimpíada, a união dos povos do mundo, vem um bando de pessoas e faz o oposto, guerra, pedra. O povo não está civilizado suficiente para ter um evento esportivo desse", disse a servidora pública Lúcia Santos, de 55 anos, moradora da Tijuca, bairro da zona norte do Rio onde está localizado o estádio.
Com informações da Reuters