! Protesto contra Rio-2016 tem manifestante detido, bombas e metrô fechado - 05/08/2016 - UOL Olimpíadas

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Protesto contra Rio-2016 tem manifestante detido, bombas e metrô fechado

Gustavo Franceschini e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

Um grupo contrário à realização dos Jogos Rio 2016 participa de um protesto pelas ruas do entorno do estádio do Maracanã nesta sexta-feira (5), sob forte vigilância da polícia, em uma manifestação realizada horas antes da cerimônia de abertura.

A estação Afonso Pena do metrô, que vinha sendo usada para chegar ao Maracanã apesar de não dar acesso direto ao estádio, foi fechada por conta da manifestação.

A segurança do metrô informou que, por volta das 18h, a polícia usou bombas de gás para dispersar um grupo de manifestantes que ateou fogo a uma bandeira do Brasil na praça Afonso Pena. Foi possível sentir o cheiro do gás de pimenta dentro da estação. A ação da PM causou revolta em pessoas que estavam próximas ao local, que fica em uma área residencial da Tijuca.

Ricardo Borges/Folhapress
Manifestantes queimaram bandeira do Brasil na praça Afonso Pena imagem: Ricardo Borges/Folhapress

Também houve confusão dentro de uma padaria, que foi danificada pela entrada de manifestantes e da polícia. Um homem foi detido no tumulto.

O esquema reforçado de segurança, devido à presença de dezenas de chefes de Estados e atletas do mundo inteiro, foi montado nas vias de acesso ao estádio, com a presença de homens das Forças Armadas portando fuzis.

Pedro Fonseca/Reuters
Um homem foi detido após tumulto em padaria imagem: Pedro Fonseca/Reuters

Nos arredores do Maracanã, a uma distância de 15 minutos caminhando, manifestantes protestavam com cartazes e gritos de ordem contra os Jogos.

Um grupo de manifestantes carregava uma grande faixa preta que denunciava o que chamavam de "Jogos da exclusão", acusando as autoridades de investir na preparação Olímpica em detrimento de gastos em áreas como saúde e educação.

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Manifestante protesta na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca imagem: UOL

A Polícia Militar montou um cordão de isolamento com a cavalaria e os manifestantes não puderam avançar. Manifestantes pararam de avançar, por uns instantes, e havia representantes negociando com um oficial da polícia.

A professora Joana Souza, de 44 anos e moradora do bairro da Tijuca, levou seu próprio cartaz com a frase "Olimpíada bilionária e saúde precária".

"O povo tem que denunciar esse absurdo. R$ 40 bilhões na Olimpíada e não tem remédio no hospital nem professor nas escolas."

Ao mesmo tempo, havia na rua gente em defesa dos Jogos. "Sou a favor da Olimpíada, a união dos povos do mundo, vem um bando de pessoas e faz o oposto, guerra, pedra. O povo não está civilizado suficiente para ter um evento esportivo desse", disse a servidora pública Lúcia Santos, de 55 anos, moradora da Tijuca, bairro da zona norte do Rio onde está localizado o estádio.

Com informações da Reuters

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