Corredora que vive em campo de refugiados leva bandeira do COI na Abertura

Do UOL, em São Paulo
Divulgação/COI

A penúltima delegação a desfilar no Estádio do Maracanã nesta sexta-feira (05) será a do Time dos Refugiados, que precede os brasileiros na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos. A poucas horas do evento, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anuncia que a porta-bandeira será a sul-sudanesa Rose Nathike Lokonyen.

A corredora tem uma história de vida de emocionar. Nascida no Sudão do Sul, ela cresceu em meio à violência de uma guerra civil e fugiu do país sem ter destino certo. Atualmente, Lokonyen vive junto a 180 mil pessoas em um campo de refugiados no Quênia.

Ela descobriu o talento para a corrida apenas no ano passado, quando uma fundação promoveu testes na cidade de Nairóbi. “Foi apenas uma competição entre os refugiados. Alguns de nós, como eu, corríamos sem tênis. Corremos dez quilômetros e eu fui a segunda colocada”, lembra Rose Lokonyen.

Nos Jogos, ela correrá distância muito menor: está inscrita para a classificatória dos 800m feminino. A prova será no próximo dia 17, no Estádio Olímpico Engenhão.

A delegação do Time dos Refugiados reúne dez atletas de diversas nacionalidades que foram obrigados a viver longe de seus países. “Estou muito feliz de empunhar a bandeira dos refugiados, porque foi como refugiada que comecei minha vida. Vou representar meu povo no Rio”, celebra Rose Lokonyen.