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Sorteio complica judô masculino do Brasil na Rio 2016

Saulo Cruz/Exemplus/COB
Charles Chibana: estreia contra o melhor judoca japonês da atualidade imagem: Saulo Cruz/Exemplus/COB

Bruno Doro e Eduardo Ohata

Do UOL, no Rio de Janeiro

Charles Chibana (66kg) é uma das apostas do Brasil no judô nos Jogos do Rio de Janeiro. Mas em sua estreia olímpica, ele terá a mais dura tarefa entre todos os membros do time verde-amarelo: encara o tricampeão mundial Masashi Ebinuma, do Japão. Ele não é único. As chaves masculinas, sorteadas nesta quinta-feira, não estavam muito favoráveis aos judocas do país.

Tiago Camilo (90kg) é outro exemplo. Caso vença na estreia, contra o sul-africano Zack Piontek, pode ter pela frente o russo Kirll Denisov, dono de quatro medalhas em mundiais e venceu o brasileiro nos últimos quatro duelos. Além disso, a chave do vice-campeão olímpico de Sydney-2000 prevê, ainda, um encontro com o sul-coreano Donghan Gwak, líder do ranking mundial e atual campeão mundial, já nas quartas de final.

Medalhista de bronze em Londres-2012, Rafael Silva (+100kg), o Baby, é outro: um dos mais constantes do time masculino, ele está na mesma chave do francês Teddy Riner, hexacampeão mundial e maior judoca em atividade no planeta. “Chave é assim. Você precisa ganhar de todo mundo se quer chegar ao seu objetivo”, analisa o peso-pesado.

Entre as mulheres, a história foi outra. Mayra Aguiar (78kg), por exemplo, por causa de uma troca de nomes no time holandês, em que Guusje Steenhuis, terceira colocada do ranking mundial, foi preterida por Marhinde Verkerk, sexta da lista, mas campeã mundial em 2009, fugiu de sua arqui-rival, Kayla Harrison, até a final. “Eu prefiro não pensar nisso. O que importa é o meu objetivo. E o meu objetivo é o ouro”, diz a brasileira, atual campeã mundial.

“O fato de as brasileiras terem caído em chaves que não são tão heavy metal não pode deixá-las na zona de conforto. Tem que respeitar todas as adversárias porque tudo pode acontecer”, avisa a treinadora da equipe, Rosicleia Campos. A única exceção feminina é Maria Suellen Altheman (+78kg): ela pode pegar a cubana Idalys Ortiz, atual campeã mundial e melhor da categoria, por uma vaga na semifinal.

A campeã olímpica Sarah Menezes (48kg), primeira a estrear, já no sábado, encara uma europeia: ou a romena Monica Ungureanu ou a belga Charline Van Snick, atual campeã continental. “Mas nós fizemos treinamentos com atletas altas aqui na aclimatação, pensando justamente nisso”, avisa Rose.

No masculino, o primeiro a lutar é o medalhista de bronze de Londres-2012, Felipe Kitadai, contra o francês Walide Khyar, bronze no Mundial de 2014 e atual campeão europeu. Além disso, o cabeça de sua chave é Orkahn Safarov, do Azerbaijão, que acaba de ganhar o Masters de Guadalajara, último torneio a reunir os melhores do ranking mundial antes dos Jogos Olímpicos.

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