Infraestrutura

'Espero que estresse da Rio-16 não se repita no futuro', diz Bach

Fabrice Coffrini/Reuters
Thomas Bach, presidente do COI, em evento no Rio de Janeiro imagem: Fabrice Coffrini/Reuters

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, afirmou que espera nunca mais, no futuro os Jogos Olímpicos, sofrer um estresse como no Rio de Janeiro. Sua declaração refere-se aos problemas de organização da Olimpíada. Ele atribuiu as diversas questões sem solução a maior crise da história do país.

Na segunda-feira, na abertura do COI, Bach já tinha afirmado que o Brasil atravessava um momento conturbado sem precedentes. "Sabemos a crise que o país está. Talvez a pior crise da história do Brasil, econômica, política, de saúde e mental. Se olhar em qualquer lugar, vai ver um desafio. Mesmo assim, esse comitê conseguiu transformar e realizar esse Jogos. O COI esteve em solidariedade", comentou.

Em seguida, ele admitiu que espera que o fato de os Jogos terem sobrevivido à crise do país tenha sido uma demonstração da força do modelo olímpico.

"Não é um tempo fácil enquanto falamos. Estamos em solidariedade. A cooperação tem sido grande. Pode dizer claramente que o modelo financeiro se manteve neste momento de estresse e esperamos que isso não ocorra de novo no futuro."

Na quinta-feira (04), membros do COI foram duros em suas críticas e questionamentos à organização dos Jogos do Rio-2016. Itens como transporte, trânsito, poluição da Baía, filas e falta de visual e decoração dos Jogos foram abordados pelos integrantes do comitê olímpico.

O Comitê Rio-2016 admitiu parte dos problemas e prometeu tomar medidas para tentar resolver as questões. Há forças-tarefas tentando melhorar as questões do acesso ao Parque Olímpico, transporte e os backdrops e faixas das instalações olímpicas.

Não houve evolução até agora na véspera da abertura da Olimpíada. Fica claro, portanto, que o padrão dos Jogos foi afetado pelos erros de planejamento e a crise financeira que atingiu o país. Ao mesmo tempo que admitiu a questão, Bach disse estar otimista com a Olimpíada.

"Tivemos que resolver assuntos de última hora, mas isso é normal. A cooperação com comitê e com a cidade está indo bem. Estamos muito confiantes de que essas questões vão ser resolvidas e teremos grandes Jogos no Rio de Janeiro"; disse ele.

O presidente Bach ainda minimizou uma declaração do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que disse que não pagaria por caviar de membros do COI. Ele classificou como "piada", e afirmou que nenhum "pedido ridículo" como esse foi feito.

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