Ginástica

'É uma vitória de Deus', diz mãe de Lais sobre presença de filha no Rio

Lucas Lima/UOL
Lais Souza assiste treino da seleção brasileira de ginástica na Arena Olímpica imagem: Lucas Lima/UOL

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

A ex-ginasta Lais Souza marcou presença e acompanhou todo o treino de pódio da equipe feminina brasileira na tarde desta quinta-feira no Rio de Janeiro. De uma área especial reservada para cadeirantes, torcia e incentivava as ex-companheiras. Também fazia observações. Tudo como um treino para o papel de comentarista que desempenhará no SporTV durante os Jogos.

Lais estava acompanhada do seu cuidador, William Campi, e da mãe Odete. Por força de contrato com a emissora não pode dar entrevistas. "Desculpa, nem eu entendo o porquê", afirmou.

No rosto de Lais é possível ver a sua alegria por estar em uma arena olímpica novamente ainda que em uma cadeira de rodas. Sua mãe também se emociona com o momento.

"É verdade que se não tivesse acontecido o acidente, talvez ela pudesse estar disputando uma Olimpíada em casa. Mas não foi da vontade de Deus. Mas eu agradeço por ela estar aqui, feliz, podendo acompanhar tudo. É muito emocionante, uma vitória de Deus", disse a mãe Odete, que acompanhará Lais durante todos os momentos no Rio. 

Ela também afirmou que se emocionou ao ver Lais carregar a tocha olímpica no último dia 24 na passagem por São Paulo. Na ocasião, a ginasta passeou com o fogo olímpico de pé.

"Foi um momento muito marcante e que deu uma grande repercussão. Fiquei muito contente", disse Odete, que afirmou confiar em uma conquista de medalha das ginastas brasileiras na Rio-2016.

Lais se acidentou em 27 de janeiro de 2014 nos Estados Unidos quando se preparava para competir nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi (RUS). Como ginasta, esteve nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.

A presença de Lais deixou bastante felizes atletas veteranas da seleção, como Daniele Hypolito e Jade Barbosa, que dividiram tablado com a ex-ginasta e participaram de inúmeras competições juntas.

"É muito bom ter ela aqui perto da gente passando esta energia", afirmou Daniele.

"No meu começo na seleção eu era uma das mais novas e a Dai (Daiane dos Santos) e Jade eram as que mais davam ajuda e apoiavam. Hoje sou a a mais velha e às vezes preciso deste carinho. Foi ótimo tê-la aqui. Podia ouvir os gritos na hora que estava treinando", disse Jade.

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