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Brasileiro da NBA que preteriu Olimpíada aluga cobertura para torcer no Rio

Bruno Freitas/UOL
Fora da seleção, Lucas "Bebê" Nogueira vai acompanhar a Olimpíada como torcedor imagem: Bruno Freitas/UOL

Bruno Freitas

Do UOL, no Rio de Janeiro

Mesmo fora da seleção que disputará a Olimpíada de 2016, mas por decisão estratégica de carreira, o pivô Lucas Bebê decidiu curtir o Rio de Janeiro com intensidade durante os Jogos. O jogador do Toronto Raptors, franquia canadense na NBA, alugou uma cobertura perto do Parque Olímpico, tudo com a intenção de aproveitar a festa do esporte no Brasil.

O pivô de 24 anos acabou preterindo a participação na Olimpíada em nome da presença na Liga de Verão da NBA, um momento em que jogadores que buscam espaço na badalada liga americana batalham por desenvolvimento técnico e experiência. Em convocações anteriores, Bebê já havia se afastado do time nacional, por prioridade à carreira na NBA. A postura irritou Rubén Magnano, técnico argentino que comanda a seleção brasileira (Bruno Cabloco, colega de time de Bebê, também preferiu as atividades na América do Norte). "Ele (Bebê) diz ter o sonho de jogar uma Olimpíada e vai jogar a Liga de Verão. É uma incompatibilidade", disse Magnano sobre Lucas, em junho passado, à época da convocação.
 
Fluminense de São Gonçalo, Lucas "Bebê" Nogueira desembarcou no Rio de Janeiro na manhã de quarta-feira e foi recepcionado por familiares no aeroporto internacional do Galeão. Depois de encarar 10h30 de voo desde Toronto, o brasileiro dos Raptors pretende descansar com a família por uns dias. No entanto, a intenção é cair de cabeça na Olimpíada como um torcedor do Brasil.
 
"Aluguei uma cobertura no Recreio só para curtir a Olimpíada com a minha família, para ficar perto do Parque Olímpico, poder ir mais facilmente", afirmou o pivô do Toronto. "Vou no jogo de estreia (da seleção) contra a Lituânia. Depois devo ir em outros, estou tentando ingressos com um patrocinador", acrescentou.
 
Apesar de estar ausente do time, Bebê demonstra estar afinado com os compatriotas selecionados para a disputa do torneio no Rio. O jogador dos Raptors vem conversando com alguns integrantes do elenco nas vésperas da estreia olímpica.
 
"Eu tive uma palavrinha com o Raúl (Raulzinho) e o Cristiano (Felício). Eles estão bem positivos com relação a jogar no país deles. Todo mundo sabe que o Brasil é um país acolhedor, a torcida empurra mesmo. As expectativas de medalhas são boas. Sabemos que a seleção americana é muito forte, assim como Lituânia, Argentina e Espanha. Só que o Brasil tem uma equipe experiente, com alguns jogadores novos, que são muito bons também, e o fator casa pode ajudar na meta de conseguir uma medalha", analisou.
 
No Rio, Bebê também planeja se encontrar com companheiros de time que disputam a Olimpíada. Mais especificamente, o lituano Jonas Valanciunas, adversário do Brasil logo na estreia do torneio olímpico de basquete. No entanto, o brasileiro diz não ter a mesma intimidade com os companheiros de Raptors que defendem a seleção dos Estados Unidos.
 
"Com o Kyle (Lowry) e o DeMar (DeRozan), por incrível que pareça, eu não consegui falar ainda. Porque me sinto numa zona de não querer incomodar. Mas falei com o Jonas Valanciunas, falei com o Luis Scola (Argentina). Inclusive a gente ficou de se encontrar aqui, eu e o Jonas. O Scola, não é o país dele, mas ele está na América do Sul, se sente um pouco em casa também. O Jonas também tem uma grande expectativa, a Lituânia está com um grupo muito forte. Todos eles estão com muita expectativa, não só de sentir o calor brasileiro, mas o calor humano", afirmou.
 
A seleção masculina do Brasil integra o grupo B do torneio de basquete na Rio-2016. Os comandados do técnico Rubén Magnano fazem a estreia contra a Lituânia, no domingo, dia 7 de agosto, na Arena Carioca. Na primeira fase, o time da casa também vai enfrentar Croácia, Espanha, Nigéria e Argentina.  

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