Namorada de Zanetti evita "DRs" para não tirar foco de ginasta no Rio

Juliana Alencar
Do UOL, no Rio de Janeiro
REUTERS/Nacho Doce
Arthur Zanetti beija a namorada ao chegar ao Brasil após conquistar o ouro na Olimpíada de Londres-2012

Ouro nas argolas em Londres-2012 e esperança de medalha na prova no Rio, Arthur Zanetti tem seguido uma linha rígida para evitar assédio da mídia e da torcida, mantendo o foco em busca do bi olímpico. E a reta final de preparação inclui até a distância da família e da namorada, Juliana Francesco, de 21 anos.

O atleta de 26 anos está longe dos holofotes por orientação do seu técnico Marcos Goto. O treinador pediu até para deixar de lado as conversas por WhatsApp com a família. Antes da viagem para o Rio de Janeiro, Zanetti aproveitava o tempo para assistir a maratonas de séries e filmes com a namorada, que agora já se contenta com a distância. "Daqui para frente vai ser mais difícil, claro. Vai ser só aceno nos dias da competição", afirma.

Zanetti fará a prova de argolas no individual geral no dia 6 de agosto. Caso fique entre os oito mais bem colocados, ele disputará a final do aparelho no dia 15. No Mundial de Glasgow, em outubro do ano passado, ele ficou fora das finais na sua especialidade, mas ajudou o Brasil a garantir vaga inédita por equipe na Rio-2016. 

Juliana já tem passagens e ingressos garantidos para os dois dias. Mas prefere não alimentar expectativas de uma repetição do desempenho em Londres - Zanetti foi o primeira ginasta brasileiro a ganhar ouro em Jogos Olímpicos.  "Estamos confiantes, mas mais ansiosos que ele, na verdade. Arthur está tranquilo. Está muito focado na preparação", avalia.

Vida pessoal em suspenso

Com seis anos de relacionamento, esta será a segunda Olimpíada de Juliana com o status de "namorada de atleta". E, aos 21 anos, ela já sabe o que essa condição implica: falta de tempo para levar um namoro "comum". 

"Por mais que este ano ele não tenha viajado para fora do país, a preparação para a Rio-2016 foi muito intensa. Teve treino até aos domingos" , conta ela, que diz evitar até "DR's" (discussões de relacionamento) nesse período.  

"Tem que esperar, não dá para falar de relacionamento quando a cabeça precisa estar na Olimpíada. São quatro anos de trabalho para isso. Depois dos jogos, a gente conversa o que precisar conversar. Tem que ser bastante compreensiva".

Um dos temas que ficará para depois, por exemplo, é o amadurecimento de um plano que os dois já têm: o de se casarem. Hoje, eles moram no mesmo bairro, mas cada um na sua casa. "A gente sonha com isso, Mas cada coisa a seu tempo. Também pretendo terminar minha faculdade antes disso", diz.  

Juliana, aliás, diz que algumas coisas mudaram nos últimos quatro anos. E conta que já se acostumou com o fato de ter que experimentar um pouco da fama do namorado. "Em Londres, ainda era tudo diferente. Depois da medalha de ouro, ele virou uma pessoa conhecida. É curioso, você sai e as pessoas pedem para tirar foto".