Olimpíadas 2016

Menor país da Rio-2016 sofre para achar atletas, mas rejeita naturalizações

Mark Thompson/Getty Images
Vista geral do principado de Mônaco durante prova de Fórmula 1 imagem: Mark Thompson/Getty Images

Fábio Aleixo

Do UOL, no Rio de Janeiro

Conhecido pelo Grande Prêmio de Fórmula 1 e seus luxuosos hotéis e cassinos, Mônaco ostenta também o rótulo de menor nação entre as 206 que participam dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Com apenas 2 quilômetros quadrados de área, o principado só é maior que o Vaticano, que não é membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Sua população atual é de 38 mil habitantes. No Rio, será representado somente por três atletas, todos homens.
 
"É muito importante para nós estarmos nos Jogos. Quanto mais atletas pudermos trazer melhor, mas é complicado encontrar talentos em um lugar tão pequeno e com poucas pessoas. Mas contamos com o apoio do COI para identificar e prepara atletas e tentar fazer a nossa participação a mais honrosa possível", afirmou ao UOL Esporte Stephane Mannino, chefe de missão da delegação monegasca na Rio-2016.
 
Por regra do COI, Mônaco tem a obrigação de enviar atletas à Olimpíada. Isso porque o Príncipe Albert II é um dos 90 membros do conselho da entidade.
 
"Nossa participação é obrigatória. Até por esta relação de nosso soberano com o COI queremos que nossos atletas sempre demonstrem um bom comportamento", disse Mannino.
 
Mônaco, apesar de pequeno, conta com uma boa estrutura esportiva. No principado, existe um grande clube de tênis, onde acontecem as partidas do Masters 1.000, e o estádio Olímpico Louis II. O local recebe partidas de futebol e diversas competições de atletismo, como a Liga de Diamante. No complexo, também há piscina olímpica. Banhado pelo oceano, o principado também oferece boas condições para a prática de vela.
 
"Temos uma boa estrutura e o Comitê Olímpico Francês também nos ajuda bastante em uma parceria que temos. Tentamos identificar talentos em alguns clubes e escolas", disse o chefe de missão.
 
Apesar de ser um país rico e o Comitê ter apoio do príncipe, Mônaco descarta naturalizar atletas para engordar a sua delegação.
 
"Não faz parte de nossa política. Preferimos encontrar talento dentro do que temos", disse Mannino.
 
Além de três atletas (um no atletismo, um no judô e um na natação), Mônaco conta com outros 19 oficiais nos Jogos. Eles ocupam quatro apartamentos na Vila Olímpica.
 
Desde os Jogos da Antuérpia, em 1920, Mônaco só não participou de três edições - em 32, 56 e 88. O país jamais ganhou uma medalha.
 

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