Olimpíadas 2016

Seleção masculina de handebol usa ioga e meditação para melhorar foco

Arquivo Pessoal
Seleção brasileira de handebol faz meditação na Vila Olímpica imagem: Arquivo Pessoal

Fábio Aleixo e Luis Augusto Simon

Do UOL, no Rio de Janeiro

Treinar a mente para minimizar a pressão de jogar em casa, ignorar influências externas como reação da torcida e focar apenas no que se passa dentro das quatro linhas. Com exercícios de ioga e meditação, a seleção brasileira masculina de handebol tenta encontrar o ponto de equilíbrio atrás de um objetivo que não é nada fácil. Conseguir uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio.

As sessões diárias dentro da Vila Olímpica são comandadas pelo preparador físico Luigi Turisco. Ele também é professor de ioga e é proprietário de um estúdio em São Paulo. Mas se hoje o método é muito bem aceito pelo grupo, no início houve rejeição.

"Este é um trabalho que desenvolvo há quatro anos, ou seja, ao longo de todo este ciclo olímpico. No começo, houve um pouco mais de dificuldade dos atletas em entenderem o trabalho", disse Turisco ao UOL Esporte.

"Mas hoje, todos já estão bastante acostumados e entendem que a ioga é uma prática milenar. O objetivo é ajudar na melhora da performance e focar no que precisam fazer dentro de quadra. É uma ferramenta a mais para ajudar no trabalho da nossa psicóloga", completou.

Nas sessões, os atletas aprendem a controlar a respiração, exercícios para ter um sono melhor e também a focar o pensamento sem se distraírem com sons ao redor.

"Fizemos uma exercício de ioga e meditação dentro da academia da Vila, onde tem bastante barulho para os atletas conseguirem treinar  bastante esta parte mental. Temos dinâmicas em grupos e também individuais", explicou.

Um dos que mais frequenta as sessões individuais é o armador central Thiagus Petrus, que frequentou a seleção ao longo de todo o ciclo olímpico. Aos 27 anos, é uma das referências do time.

"Venho fazendo este trabalho há um bom tempo e tem me ajudado bastante. É muito importante desenvolver esta parte mental e também saber conter as frustrações, ainda mais em um jogo tão rápido como o handebol. Ficar pensando muito tempo em um erro pode ser muito prejudicial para a equipe", disse o atleta.

Thiagus exaltou também a preparação física feita por Luigi, que envolve também a prática de pilates.

"O trabalho que ele faz é muito bom e ajuda muito em nossa recuperação muscular após treinos e partidas", elogiou.

"Esta parte da preparação física tem sido muito importante. Ao longo dos últimos anos não tivemos nenhum ou quase nenhum atleta com lesão muscular grave. As que aocnteceram foram em virtude de impactos e choques comuns ao esporte", explicou Luigi.

O trabalho de preparação mental do Brasil começará a ser colocado à prova no dia 7 de agosto, às 16h40 (de Brasília), contra a Polônia.  

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