Oscar Schmidt faz pedido a sobrinho: "Traz a medalha que a família não tem"

Gustavo Franceschini
Do UOL, no Rio de Janeiro
Alexandre Schneider/Getty/FIVB
Alison e Bruno Schmidt durante uma competição; sobrinho de Oscar recebeu "pedido" do tio

No próximo sábado, começo da Rio-2016 para o vôlei de praia, Bruno Schmidt entrará em quadra ao lado de Alisson representando uma família tradicional no esporte brasileiro. Sobrinho do Mão Santa Oscar, ídolo do basquete nacional, ele revelou ter recebido um “pedido” do tio.

“Ele mandou um vídeo, falou que está na torcida e pediu a medalha que a família não tem ainda. Espero que ela possa vir”, disse Bruno após seu primeiro treino na arena montada em Copacabana, onde será disputado o torneio olímpico de vôlei de praia.

Oscar esteve em cinco Olimpíadas com a camisa da seleção brasileira: 1980, 1984, 1988, 1992 e 1996. Em três oportunidades, parou nas quartas de final e aposentou-se sem medalhas. Nascido em 1986, Bruno viu pouco do tio como jogador, mas enche a boca para falar dos feitos da família.

“Eu era muito guri, acompanhei de teipes. Mas é demais, né? Ele nunca levou a medalha, mas a maneira como ele se portou e defendeu a seleção é a maneira como todos os brasileiros queriam que um atleta agisse. Ele é meu espelho. Acredito que não só para mim, mas para todos os brasileiros”, completou Bruno.

Só que, aos 29 anos, ele vai aos primeiros Jogos da carreira com mais responsabilidade. Atual do Mundial e do circuito mundial ao lado de Alisson, ele sabe que chega ao Rio de Janeiro como favorito. “Isso é bacana, significa que fizemos um excelente ciclo. Nada melhor que chegar numa grande prova e sentir que tem um carro que pode vencer. A gente não está vindo para participar, a gente está liderando, mesmo sendo minha primeira. Isso liga mais o nosso alerta. O fato de estar chegando como favorito não muda nada”, disse Bruno.