Australianos tiveram laptop e camisetas furtados durante evacuação
Um laptop e algumas camisetas da delegação da Austrália foram furtados na última sexta-feira (29), quando um princípio de incêndio causou a evacuação do prédio onde atletas e dirigentes do país estão hospedados na Vila Olímpica.
A informação foi confirmada à imprensa por Kitty Chiller, chefe de missão da Austrália na Rio-2016. Segundo ela, o computador pertencia a um membro da equipe mas não continha nenhuma informação sensível, e as camisetas eram "antizika": modelos de manga comprida dados pela organização para evitar o mosquito.
O furto teria ocorrido justamente no momento em que os australianos desceram de seus quartos quando houve um princípio de incêndio. Para evitar um novo problema do tipo, a Austrália pediu à organização para que somente forças policiais atendam as delegações caso haja uma nova ocorrência na Vila. O Comitê do país, no entanto, se esforçou para não tratar o assunto como polêmico.
"Nós sempre pedimos cuidado para os nossos atletas com seus pertences. Nós estamos em um lugar com muita circulação de pessoas e é importante que haja bom senso", disse Kitty Chiller. A chefe de missão ainda informou que as medalhas ganhas pelos atletas ao longo dos Jogos serão guardadas em cofres dentro dos apartamento. Mike Tancred, diretor de comunicações do comitê australiano, disse que o procedimento é padrão, já que "atletas costumam perder as coisas" e que a segurança "não é uma preocupação" para a delegação.
Os furtos acrescentaram mais um item à lista de polêmicas em que a Austrália já se envolveu no Rio de Janeiro. A delegação do país já se recusou a ficar na Vila Olímpica citando problemas nos apartamentos, mas se instalou no local três dias depois, após "fazer as pazes" com o prefeito Eduardo Paes - que havia ironizado a situação dizendo que colocaria um canguru na frente do edifício.
Além disso, o princípio de incêndio na última sexta-feira causou dor de cabeça para os australianos, que tiveram que evacuar o prédio por 30 minutos. Os alarmes de incêndio do edifício haviam sido desativados para um teste, sem que os dirigentes do país fossem avisados.
Após o episódio, os australianos exigiram a presença de um bombeiro por andar no prédio. Até a chefe de missão do país, Kitty Chiller, ironizou a sequência de infortúnios que tem acometido a delegação.
"Realmente, de todos os 31 prédios, tinha que acontecer no prédio 23 [em que a Austrália está hospedada], depois de tudo que já aconteceu. Eu não acho que alguém seria capaz de escrever esse roteiro", disse ela.