Seleção de rúgbi passa por treino para divulgar esporte e quebrar barreiras
A Olimpíada do Rio de Janeiro marcará a estreia do rúgbi sete em Olimpíadas e também a primeira participação da seleção brasileira feminina. O fato de ser um esporte novo no programa olímpico e ainda pouco divulgado no país fez com que as atletas do time nacional passagem por um media training (treinamento de mídia) ao longo dos últimos anos para chegarem preparadas para lidar com o assédio da imprensa e também se fazerem conhecidas do público nacional.
Palestras com assessores, encontros individuais e dinâmicas de grupo com psicóloga fizeram parte da rotina em meio a treinamentos em torneios. Neste media training foram abordados temas como o fato de atuar em casa, a pressão da torcida e relacionamento com o público. Até um choque de realidade foi dado nas atletas para evitarem falar incisivamente sobre conquista de medalha, uma vez que o Brasil está longe de ser favorito ao pódio.
Como parte do treinamento, todas as atletas participaram de uma entrevista coletiva na manhã deste sábado. Foi algo inédito por parte de brasileiros até agora na Olimpíada. Os atendimentos aos jornalistas organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) sempre são feitos ao ar livre e não em uma sala. O pedido para ser em um outro espaço partiu da própria Confederação Brasileira de Rúgbi.
"O pessoal da comunicação da Confederação organizou este treinamento para nós sabermos como nos posicionarmos em reportagens e como fazer para o rúgbi se tornar um esporte mais conhecido, uma vez que não é popular no Brasil. Nosso objetivo é divulgar o esporte para pessoas que são leigas e destacar os seus valores. Basicamente, foi para tentar nos auxiliar no contato com o jornalista e saber usar bem este canal de comunicação", afirmou a capitão do time, Paula Ishibashi.