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Micale "aprova" individualidade de Neymar na seleção: "Não abro mão"

Evaristo Sá / AFP
Neymar foi perseguido pelos japoneses durante o amistoso imagem: Evaristo Sá / AFP

Dassler Marques

do UOL, em Goiânia

Neymar bem que tentou - até acertou uma bola no travessão em uma cobrança de falta -, mas abusou da individualidade e teve uma atuação apenas discreta na vitória do Brasil por 2 a 0 sobre o Japão, último teste antes da estreia nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Apesar de estar na contramão do estilo de jogo coletivo adotado pelo técnico Rogério Micale, o capitão da seleção ganhou elogios do treinador, que preferiu exaltar a individualidade ao invés de repreender o desempenho do camisa 10.

"Não posso tirar o que ele (Neymar) tem de mais forte, que é gerar desequilíbrio na equipe adversária e deixar um companheiro em uma situação melhor", disse Micale, que ainda fez questão de lembrar que Neymar não está no ritmo de jogo ideal. "Ele também está retornando de férias, adquirindo mais ritmo de jogo. É natural que em alguns momentos não consiga executar o que pensa", completou.
 
Neste sábado, a seleção brasileira teve seu melhor momento na etapa inicial, quando envolveu os japoneses com um toque de bola rápido, mostrando um jogo coletivo eficiente, principalmente quando o lance passava pelos pés de Felipe Anderson, um dos melhores em campo. Na etapa final, já com muitas substituições, a equipe caiu de rendimento, e Neymar abusou da individualidade. Apesar de aplicar belos dribles, não teve muito sucesso na criação das jogadas e pouco assustou o goleiro rival.
 
Apesar de treinar a seleção para praticar um jogo coletivo, Micale preferiu não entrar em atrito com a estrela da equipe e fez questão de elogiar sua individualidade.
 
"Neymar criou inúmeras situações de perigo no primeiro tempo. Disso não abro mão do Neymar. É claro que sempre pensamos no jogo coletivo, mas essa característica dele será imprescindível em algum momento da competição", finalizou.

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