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Olimpíadas não vão tirar Rio da rota da decadência, diz "The Economist"

Ricardo Moraes/Reuters
Palco da Rio-2016: Canoístas treinam na Lagoa Rodrigo de Freitas em meio a poluição imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Do UOL, em São Paulo

A edição desta semana da revista britânica The Economist traz uma extensa reportagem sobre a cidade do Rio de Janeiro e os Jogos Olímpicos, dando conta de que o torneio não terá o condão de acabar com os problemas da Cidade Maravilhosa nem de alterar sua "rota de decadência" que vem trilhando desde os anos 1960.

Logo no início da matéria, a publicação lista a série de problemas que o Rio vem enfrentando às vésperas do início dos Jogos: violência, obras inacabadas e poluição nas águas que receberão competições de vela e canoagem.

Para a revista, a cidade brasileira parecia ter alterado seu eixo de desenvolvimento há sete anos, quando foi escolhida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) como sede dos Jogos de 2016: o Pré-Sal apontava para um futuro mais rico, a violência estava em queda e a economia, em alta. Mas, afirma a The Economist, este tempo passou e a cidade não aproveitou a chance melhorar. 

Para a revista, a decadência do Rio começou na década de 60, quando a capital federal foi transferida para Brasília, levando junto as sedes das principais empresas e repartições públicas. A partir do mesmo período, diz a publicação, o Rio perdeu a liderança da produção industrial para São Paulo e assistiu ao setor financeiro minguar, com a bolsa de valores paulista se sobrepor à fluminense. 

Apesar de elencar problemas e apresentar uma visão pessimista de futuro, a revista aposta que os Jogos Olímpicos serão um sucesso, para alegria de turistas e atletas: "O sucesso dos Jogos poderá animar os ânimos do Rio. Mas isso não será suficiente para dar dinamismo econômico à cidade. O cenário espetacular faz com que as pessoas queiram ir aos Jogos, mas será preciso um combate mais efetivo à criminalidade, um aprimoramento das políticas fiscais melhoria nos serviços públicos para que as pessoas queiram ficar. Enquanto os líderes políticos não imprimirem essas mudanças, o Rio não será uma grande cidade, será somente um belo cenário para uma."

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