Dos 465 atletas brasileiros que competirão na Olimpíada do Rio, as 18 integrantes da seleção feminina terão um destaque importante. Serão as primeiras a defender as cores do Brasil nesta edição dos Jogos, uma vez que a estreia contra a China está marcada para 3 de agosto, dois dias antes da cerimônia de abertura e três do início das demais condições. A partida acontecerá às 16h no Estádio do Engenhão.

E o técnico Vadão quer aproveitar esta chance para mostrar ao Brasil que o futebol feminino não se trata "de muita gente correndo atrás da bola".

"Muito homem ainda tem esta ideia. Isso porque no país o futebol é mal desenvolvido e mal divulgado. O fato de sermos a primeira equipe do Brasil em ação faz com que o poder de divulgação seja muito bom. Como não haverá outras competições acontecendo, vai chamar muito a atenção de todos. Acredito que teremos um grande público no estádio, e ainda que não esteja lotado, terá um grande público pela televisão", disse o treinador em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Vadão sabe que também pelo fato de os olhares estarem voltados para esta partida, a pressão será grande por uma vitória. Afinal, não seria bom para um anfitrião começar a competição perdendo.

"Mas no Brasil sempre existe pressão, ainda mais quando se fala de futebol. Mas também temos de ver o lado positivo. Teremos bastante apoio do público", disse o treinador que também faz a sua estreia em Jogos Olímpicos.

O treinador também aposta em um bom resultado atuando em casa para ajudar a melhorar a imagem do futebol feminino. E ele aposta alto na conquista de uma medalha, algo que o Brasil não conseguiu na última edição.

"São 12 seleções no torneio e eu vejo 7 ou 8, em condição de ganhar medalha, e o Brasil está entre elas", disse o treinador.

A seleção feminina está no Rio de Janeiro desde o último domingo e está alojada na Vila Olímpica. Até a estreia, alternará os treinamentos entre a Urca - onde está boa parte da delegação brasileira - e o Ninho do Urubum casa do Flamengo.