Presidente do COI: 'Sabemos que brasileiros fazem coisas no último segundo'
A poucos dias da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, foram necessários reparos na Vila Olímpica dos Atletas, e há pelo menos uma instalação de vôlei de praia ainda não concluída. Ciente dos desafios, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta quinta-feira que já sabia que os brasileiros gostam de fazer as coisas no último segundo. Ressaltou ter uma expectativa muito positiva sobre os Jogos.
Bach tem feito o máximo para ganhar a simpatia na cidade, evitando críticas à organização dos Jogos. Nesta quinta-feira, o dirigente, de 62 anos, esteve na praia em frente ao hotel do COI para jogar futebol com garotos de 17 anos. Recebeu ainda a camisa do Vasco e encontrou o atacante do Flamengo, Leandro Damião. Tudo planejado pelo Comitê Rio-2016.
O presidente do COI retribuiu com elogios ao Rio e aos cariocas, mas deixou claro que há pontos a resolver. "Nos últimos dias antes dos Jogos há sempre desafios a superar. Vejo grande progresso nos últimos meses. Vejo o entusiasmo dos brasileiros. Sabemos, um pouco, que os brasileiros gostam de fazer as coisas no último segundo", afirmou o dirigente do comitê.
Questionado sobre a declaração, o diretor de comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada, afirmou que o dirigente do COI tem razão. "É verdade: os brasileiros gostam mesmo de fazer as coisas de última hora. Mesmo assim, os Jogos foram entregues com antecedência."
Sobre a polêmica em relação à Vila Olímpica, que ficaria pronta definitivamente agora, Bach fez só elogios à instalação. Ele vai dormir na Vila por alguns dias durante os Jogos para sentir a excitação dos Jogos. "Por enquanto, tenho muitas reuniões."
Sobre a queda de popularidade dos Jogos na população brasileira, Bach afirmou ter visto os "cariocas recebendo muito bem". "Há excitação na cidade."
Antes de ir para praia, Bach recebeu o técnico do Vasco, Jorginho, que o presentou com a camisa do Vasco. Eles conversaram em alemão já que o treinador atuou no país durante alguns anos. Depois, já na área, Damião se juntou a roda de altinha da qual participou o cartola. Ficou claro que queria fazer uma média com as duas maiores torcidas cariocas, evitando declarar apoiar qualquer um dos times.
Por fim, Bach vestiu uma camisa da seleção brasileira com seu nome e cobrou pênaltis para um garoto de 17 anos que defendeu duas cobrança e tomou o gol na terceira. Evitou falar do 7 a 1 imposto pela Alemanha na Copa do Mundo de 2014, brincando que não lembrava do placar. "O melhor time que já vi foi o Brasil de 1970."