Coletivo funciona e Brasil arrasa Austrália em 1º teste após perder Varejão

No primeiro teste após o corte de Anderson Varejão, a seleção brasileira masculina de basquete venceu com tranquilidade a Austrália, em amistoso realizado nesta quinta-feira (28), em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Contando com boa atuação coletiva, os comandados de Rubén Magnano venceram por 96 a 67.

No fim, cinco jogadores do Brasil terminaram com mais de 10 pontos anotados: Raulzinho (17), Alex (13), Marquinhos (13), Hettsheimer (12) e Nenê (10). O último, inclusive, foi o grande destaque da partida, com seis rebotes e duas assistências, tendo seu nome gritado pela torcida.

“(A Austrália é) Um adversário difícil. O jogo é de preparação, não podemos esquecer isso. Acho que crescemos um pouco a mais como equipe”, afirmou Alex Garcia, ao “Sportv”. “A gente tem uma equipe muito forte, homogênea, com jogadores fortes em cada posição”.

O duelo foi o terceiro amistoso do Brasil antes dos Jogos Olímpicos – a seleção já havia vencido a Romênia duas vezes. A partida aconteceu um dia após o corte de Anderson Varejão, por causa de uma hérnia de disco. Seu substituto será Cristiano Felício, do Chicago Bulls, que chega ao Brasil apenas no sábado (30).

No fim de semana, o Brasil volta a entrar em quadra para um torneio amistoso, que contará com Austrália, China e Lituânia. O último jogo preparatório da seleção antes dos Jogos Olímpicos será com a China, na terça-feira (2).

O Brasil estreia nos Jogos Olímpicos no dia 7 de agosto, contra a Lituânia. A seleção brasileira está no Grupo B, junto com Argentina, Croácia, Espanha, Lituânia e Nigéria.

O jogo

O primeiro tempo começou sonolento para o Brasil. Logo no início, a Austrália abriu 9 a 2 no placar, resultando em uma bronca de Rubén Magnano no primeiro pedido de tempo. A cobrança fez efeito e, na sequência, uma corrida de 16 a 7 fez com que a seleção brasileira assumisse a liderança. O quarto inicial terminou em 21 a 19.

Contando com boa atuação de Raulzinho, o Brasil voltou bem melhor que a Austrália no segundo tempo e terminou o primeiro tempo vencendo por 44 a 29. Nos dois primeiros quartos, o armador anotou 11 pontos, enquanto Nenê fez 8.

Tranquilo no placar, o Brasil voltou com mais calma para o segundo tempo. A boa vantagem fez com que Nenê praticamente não entrasse no terceiro período. O ritmo mais baixo equilibrou as ações e a Austrália venceu o quarto por 23 a 20, fazendo com que o placar geral ficasse em 64 a 52 para o Brasil – a vantagem chegou a ser de 20 pontos para os comandados de Magnano no decorrer do período.

A calma do Brasil começou a ser diminuída no último período. Aos poucos, a Austrália ia diminuindo a vantagem e encostando no marcador. Com pouco menos de 8 minutos para o final, a diferença havia caído para apenas novo pontos. Foi nesse momento que a experiência de Nenê passou a fazer diferença. Com quatro pontos marcados em sequência, o ala-pivô deixou o Brasil com 16 pontos de vantagem no placar, antes de deixar a quadra e não mais voltar na partida.

Trabalhando bem a posse de bola, o Brasil seguiu crescendo no final do quarto e fechou a partida em tranquilos 96 a 67.