Olimpíadas 2016

Isinbayeva chora e diz ainda acreditar em presença na Olimpíada

AFP/Alexander Zemlianichenko
Yelena Isinbayeva chora em meio à tentativa de disputar Jogos no Rio imagem: AFP/Alexander Zemlianichenko

Da EFE

A russa Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica do salto com vara, garantiu nesta quarta-feira que não irá se aposentar enquanto existir "mísera" possibilidade de disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A atleta chorou durante o contato com a imprensa.

"Meu ânimo não é precisamente festivo. Não posso dizer o que sofri. Me aposentarei quando quiser ou quando alguém me disser: 'Yelena, não vai a lugar algum'. Será assim enquanto se conservar a mínima possibilidade de eu ir ao Rio, embora esta seja, certamente, mísera", admitiu a atleta, pouco antes de encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Isinbayeva lembrou que não treina há duas semanas, já que vem se dedicando a "estas tolices", se refererindo ao julgamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS) ao recurso contra a suspensão da federação internacional de atletismo (IAAF) e a exames antidoping.

"Por enquanto, nada está claro. Se houver esperança, retornarei minha carreira, as para quê, se não falta quase nada para os Jogos?", admitiu a saltadora.

O técnico da atleta, Yevgueni Trofimov, por sua vez, disse não fazer sentido que Isinbayeva siga treinando, devido a proximidade com a Olimpíada do Rio de Janeiro.

"Estamos em um beco sem saída. Estão nos transformando na Coreia do Norte, nos cercaram por todas as partes e não podemos fazer nada. Nos impõem condições que não podem ser cumpridas", garantiu.

Isinbayeva, de 34 anos, havia dito recentemente que iria se aposentar depois dos Jogos Olímpicos, mas a suspensão da federação russa pela IAAF, por causa de denúncias de um sistema patrocinado pelo governo de dopagem, a tiraram das pistas.

Hoje, a entiadade internacional rejeitou reavaliar a decisão, permitindo que atletas que nunca testaram positivo para doping, caso da saltadora, sejam liberados a participar, sob a bandeira russa. EFE

io/bg

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