Olimpíadas 2016

Comitê Organizador fala em 25 dos 31 prédios prontos na Vila Olímpica

Buda Mendes/Getty Images
Vila Olímpica da Rio-2016 e o slogam dos Jogos: Um mundo novo imagem: Buda Mendes/Getty Images

Bruno Doro e Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

Depois de abrir a Vila Olímpica com uma série de problemas nos apartamentos que receberiam os atletas, nesta terça-feira (26) o Comitê Organizador da Rio 2016 anunciou que 25 dos 31 prédios do complexo estão prontos para receber as delegações. Prédios críticos, como o que vai abrigar a Austrália, ficaram prontos ainda pela manhã. A promessa é que todos os edifícios sejam liberados até o fim de quinta-feira.

“Vamos entregar no final da quinta-feira os 31 prédios, como foi prometido ontem (segunda-feira). Hoje entregamos 25 prédios. Tudo dentro do cronograma. Hoje, o clima aí dentro estava totalmente diferente e as pessoas já entenderam [a situação]. Alguns prédios já estão em operação e outros ainda têm algumas obras sensíveis a serem feitas, mas todos estão tranquilos. É outra situação de três dias atrás”, diz Rodrigo Tostes, diretor de operações da Rio 2016.

O clima diferente que o dirigente se refere mudou em relação ao domingo. Pela manhã, a delegação da Austrália anunciou que estava saindo da Vila. O local seria inabitável, com problemas hidráulicos e elétricos, além de falta de limpeza. Na manhã desta terça, porém, as críticas australianas desapareceram e o chefe de comunicação do Comitê Olímpico já declarava o local como "o melhor que já encontrou".

Essa evolução foi efeito de uma força-tarefa de 650 profissionais contratados para trabalhar 24 horas por dia nos prédios, fazendo os últimos serviços. “Entramos em cada prédio, listamos os problemas e começamos a trabalhar. Não atropelamos nada”, continuou Tostes. “Uma das dificuldades que tivemos foi com o credenciamento das pessoas que estavam aqui. E isso atrasou a nossa mobilização. Mas não tivemos nenhum problema de segurança. Passamos as 650 pessoas pela checagem de antecedentes. Não deixamos de fazer nenhuma regra de segurança para cumprir esse cronograma”.

A complexidade da operação de entrega da Vila foi acentuada pelo atraso na entrega da instalação pela construtora. O consórcio responsável pela obra só concluiu as partes hidráulicas e elétricas há um mês. E, segundo o Comitê, era impossível que alguns dos problemas fossem detectados antes da entrada das delegações.

“Quando as pessoas chegam e começam a usar esses prédios, é natural que se identifique problemas. Vazamentos, problemas na descarga... A diferença aqui é que todo mundo chega ao mesmo tempo nos prédios. São dez apartamentos usando água ao mesmo tempo e com isso aparecem vazamentos infiltrações. Não é uma operação normal. Em apartamentos como esses, as pessoas vão chegando devagar”, fala Toste. “Mas deixamos claro para todos: não existe nenhum risco estrutural. São problemas pequenos que precisam ser analisados. A gente não minimiza nenhum deles, de forma nenhuma. Estávamos atuando com 650 homens e agora já diminuímos esse contingente em função dos serviços estarem sendo feitos”, completa.

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