Olimpíadas 2016

Polícia Federal foi alertada pelo FBI sobre possíveis terroristas

Pedro Ladeira/Folhapress
Acusados de terrorismo são transferidos pela Polícia Federal imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

A Polícia Federal realizou nesta semana a Operação Hashtag, que resultou na detenção de um grupo de 10 homens sob a suspeita de estarem planejando atentados terroristas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam no dia 03 de agosto.

Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, as informações sobre os possíveis terroristas foram passadas para a Polícia Federal pelo FBI, a polícia federal norte-americana. De acordo com o procurador da República, Rafael Brum Miron, que trabalha na operação, a polícia brasileira foi alertada pelo serviço norte-americano de que havia potenciais terroristas no país.

“Veio do FBI a informação. Eles mandaram um relatório bem sucinto. Tais pessoas merecem investigação, atenção maior”, explicou o procurador.

Após uma análise dos perfis, a polícia optou por realizar a operação, que aconteceu 15 dias antes do início do torneio mundial. Na casa dos suspeitos, foram encontrados objetos que faziam apologia ao Estado Islâmico, grupo radical que cometeu os recentes atentados na França.

Ainda segundo o procurador, a possibilidade de um ataque terrorista acontecer durante os Jogos Olímpicos diminuiu “sensivelmente” após os 10 suspeitos serem detidos e encaminhados para o presídio de segurança máxima de Campo Grande. Contudo, não é possível descartar a possibilidade de um atentado.

“Eles são amadores, são. Mas não conheço suicida experiente. Eles não têm técnicas muito apuradas, mas para dirigir um caminhão e atropelar 80 pessoas não precisa ter muita técnica. Existe a preocupação, neste processo ela é séria, e por isso essas pessoas serão presas”, salientou Brum.

Brum ainda destacou que, em trocas de mensagens, os suspeitos faziam alusão a “ir para o paraíso”, e que “a Olimpíada é uma boa oportunidade para ir ao paraíso”. Por isso, os agentes de segurança optaram por colocar em prática a Lei Antiterrorismo, que foi promulgada em março.

“O Brasil permite uma punição de risco ao terrorismo. A legislação brasileira é muito ampla. Existia o risco concreto? Existia. Mas tinha data, lugar, programação? Não, não tem isso. Eu acredito que os riscos, em virtude dessas prisões, diminui sensivelmente”, finalizou Brum.

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