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Pupilo de Micale, atleticano deixa falhas no passado e quer dar confiança

Lucas Figueiredo/MoWa Press
Uílson tem só 7 jogos como profissional no Atlético-MG e falhou em alguns deles imagem: Lucas Figueiredo/MoWa Press

Dassler Marques

Do UOL, em Teresópolis

O goleiro atleticano Uílson é reflexo de uma posição em que os jogadores normalmente despontam mais tarde. Com sete partidas entre os profissionais do clube em que foi formado e aos 22 anos, é o brasileiro convocado para a seleção olímpica com menos rodagem. Até por isso, ainda procura confiança. 

Escalado para falar nesta quinta-feira, o jogador que é quase uma escolha pessoal do treinador Rogério Micale disse que tem se preparado para enfrentar esse momento. Uílson recentemente falhou em jogos importantes do Atlético-MG, inclusive contra o rival Cruzeiro. Na sequência, o Galo foi atrás de outro goleiro mais experiente (Lauro). 

"Teve jogos que joguei e fui bem. Em outros, infelizmente falhei. Mas sempre procurei dar meu melhor, com tranquilidade, confiando em mim mesmo e, se tiver oportunidade de demonstrar isso, vou entrar com toda confiança", disse Uílson nesta quinta.

Um aliado importante para ele conseguir se firmar, sem dúvida, é Micale. O treinador foi quem comandou Uílson nos times jovens do Atlético-MG. Por lá, o goleiro superou críticas por sofrer muitos gols de cobertura nas divisões de base, justamente porque era orientado pelo chefe a jogar adiantado. Agora, o técnico fez dele um goleiro para a Olimpíada.

"Micale me convocou sabendo disso (qualidades) e vou estar me preparando cada vez mais caso aconteça alguma coisa. Para assumir com confiança e passar confiança a todos também. É um cara tranquilo, com quem tenho uma relação transparente. (...) Trabalhamos no Atlético por vários anos, ganhamos torneios. Pela forma moderna dele jogar, ele me ajudou bastante", comentou Micale. 

Na CBF, havia grande dúvida sobre quem seria o arqueiro suplente. Entre os jovens da posição, o único considerado pronto para a Olimpíada era Ederson, do Benfica - mas não foi liberado. Assim, houve um debate grande para definir qual seria a alternativa para Fernando Prass. Micale chegou a experimentar Matheus Vidotto, do Corinthians, que se lesionou. A chance passou mesmo para Uílson. 

Entre os pontos positivos do goleiro, sem dúvida, está a inteligência e qualidade para contribuir com a troca de passes do time. "É uma característica moderna, onde não só o Micale, como grandes clubes utilizam goleiro com o pé. A gente vê o Barcelona assim. Hoje em dia, o futebol precisa cada vez mais de goleiros que trabalhem com o pé. Ele (Micale) me chamou não só por isso, mas é uma das qualidades que tenho é tentar desenvolver meu trabalho com o pé", analisou Uílson. 

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