! Grupo preso fez juramento ao EI e era uma célula amadora, diz ministro - 21/07/2016 - UOL Olimpíadas

Olimpíadas 2016

Atualizada em 21.07.2016 16h07

Grupo preso fez juramento ao EI e era uma célula amadora, diz ministro

Do UOL, em São Paulo

O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explicou, no final da manhã desta quinta-feira (21), a operação da Policia Federal que prendeu um grupo (10 pessoas em 10 estados do país) que preparava atos de terrorismo no Brasil durante a Olimpíada. Em coletiva, o ministro disse que o grupo tentou comprar armas no Paraguai e fez juramentos ao grupo terrorista Estado Islâmico. 

"A ação do grupo foi progredindo. Era uma célula amadora, sem nenhum preparo. Nós rastreamos que eles iriam comprar armas clandestinas no Paraguai, uma AK-47. Tudo isso mostra um ato preparatório, não há informação de que tenham conseguido algo. É uma célula desorganizada. A informação estava circulando entre eles. Eles pretendiam comprar as armas, isso é um ato preparatório que deve ser combatido. Várias mensagens mostram essas pessoas comemorando atentados em Orlando (EUA), em Nice (França), comemorando e comentando atentado que ocorreu na França. Eles também postavam as execuções que foram feitas pelo Estado Islâmico", explicou Alexandre de Moraes, ressaltando que a possibilidade de um atentado terrorista no Brasil durante a Olimpíada é "mínima".

O ministro ainda explicou que o grupo não mantinha contato interpessoal e que a proximidade com o EI se deu principalmente por meio de juramento. Os investigadores chegaram a troca de mensagens dos suspeitos via internet e redes sociais e o ministro ressaltou que o grupo não teve sucesso na compra das armas.

"Houve novas trocas de mensagens, que reafirmaram que o Brasil não fazia parte da coalizão contra Estado Islâmico. Mas por conta da proximidade da Olimpíada, como ia receber vários estrangeiros, o país passaria estar dentro do alvo dessas pessoas. Foi necessária a pronta atuação com cumprimento de prisões", comentou Alexandre de Moraes. Os detidos tiveram prisão preventiva decretada por 30 dias, que podem ser renovados por mais 30.

O ministro da Justiça ainda pediu para que não sejam divulgadas informações não checadas para que as investigações não sejam prejudicadas. "Qualquer informação, pedimos que chequem conosco para não ser divulgada informação errônea. Uma informação, mesmo verdadeira, divulgada um dia antes, dois dias antes, atrapalha a investigação. Se for verdadeira a informação, é necessário aguardar para não atrapalhar", concluiu. 

 

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