O governo da Rússia descartou nesta quarta-feira que o país fará boicote aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, após a ameaça de exclusão geral da delegação, devido as acusações de doping sistemático que constam no relatório McLaren.

"Não, essa opção não está na nossa agenda", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, à imprensa local.

O posicionamento do governo é de pedir punição apenas aos atletas que tiverem sido flagrados em exames antidoping e de defesa do país, garantindo que as menções do presidente Vladimir Putin a boicote, lembrando dos Jogos de 1980, em Moscou, e 1984, em Los Angeles, não tem a ver com uma opção avaliada para 2016, apenas com a menção de ingerência política no esporte.

"O esporte russo é limpo e competitivo. Se algum atleta caiu no doping, então as acusações devem ir contra ele", afirmou Peskov.

Nesta segunda-feira, o relatório McLaren, feito a pedido da Agência Mundial Antidoping (WADA), apontou para a existência de um sistema de doping controlado pelo governo do país, que foi colocado em prática nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, dois anos atrás.

Por causa disso, o COI estuda medidas, que podem levar a exclusão do país dos Jogos do Rio. O anúncio da decisão tomada pela entidade deverá acontecer até domingo.