Olimpíadas 2016

Brait acumula conquistas no Brasil, mas anuncia aposentadoria sem Olimpíada

William Lucas/Inovafoto/CBV
Camila Brait foi a melhor líbero do Pan de 2015 imagem: William Lucas/Inovafoto/CBV

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

A passagem de Camila Brait pela seleção brasileira de vôlei feminino pode ter durado apenas sete anos. Neste período, a líbero acumulou conquistas, mas uma frustração ficou. Em duas oportunidades, a atleta bateu na trave da Olimpíada. Agora, após ver o sonho virar frustração mais uma vez, ela anunciou a aposentadoria.

Os sete anos de Camila na seleção tiveram 11 presenças no pódio, sendo cinco medalhas de ouro – quatro no Grand Prix e uma na Copa dos Campeões. Mas, em seu currículo faltou a disputa de uma Olimpíada.

Há quatro anos, a atleta tinha uma “briga ingrata” pela frente. Aos 23 anos, ela competia pela vaga com Fabi, unanimidade na posição. Mesmo assim, ela teve uma segunda chance na disputa, pois Natália foi dúvida até os momentos finais devido a sua condição física. Mas, a recuperação da ponteira culminou no corte de Camila.

Sem a líbero, o Brasil foi campeão dos Jogos de Londres. Um ano depois, Fabi se despediu da seleção com a conquista do Grand Prix e Camila assumiu o posto de titular absoluta a partir de 2014.

No Mundial, da Itália, Camila se destacou entre as melhores atletas da posição desde o começo, sempre liderando as estatísticas. O título inédito não veio e o Brasil amargou a terceira posição. Mesmo assim, a líbero foi um dos destaques brasileiros.

Em 2015, a seleção brasileira foi dividida em duas. Camila viajou com o grupo que foi para os Jogos Pan-Americanos. A equipe conquistou a medalha de prata e a atleta foi eleita a melhor líbero, recepção e defensora.

A unanimidade de Camila na posição só foi questionada na temporada 2016. A líbero teve uma queda de rendimento no Grand Prix e deu azar de ver Léia crescer neste período. A final do torneio, com título brasileiro sobre os EUA, teve uma atuação de destaque de Léia e ela acabou ficando com a vaga.

A presença de Camila no time e o crescimento de Léia fizeram até com que Zé Roberto Guimarães cogitasse mudar de planos para a Olimpíada. O treinador chegou a falar sobre levar duas líberos, apesar de admitir que seria difícil fazer isso.

A segunda frustração tão perto do sonho olímpico resultou em uma longa mensagem postada pela líbero anunciando sua aposentadoria da seleção, mesmo tendo idade para disputar Olimpíada em pelo menos mais dois ciclos.

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