Olimpíadas 2016

Rio-2016 terá gabinete antiterrorismo com informações vindas de 97 países

Divulgação/SuperVia
Policiais de forças especiais brasileiras fazem treinamento de segurança para a Rio-2016 imagem: Divulgação/SuperVia

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O terrorismo é uma das maiores preocupações de autoridades responsáveis pela segurança da Olimpíada de 2016, mesmo com informes apontando a baixa probabilidade de ataques durante os Jogos do Rio. A atenção contra o terror é tamanha que um gabinete especial voltado ao combate e prevenção foi criado no Rio. 

O gabinete será composto por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Centralizará todas as informações sobre ameaças à Olimpíada. Contará, inclusive, com dados fornecidos por agências de inteligência de 97 países para contenção e monitoramento de suspeitos que possam tentar cometer um ato terrorista no país.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou na quarta-feira (6) que a Olimpíada de 2016 é a primeira a contar com tantos dados internacionais para o combate ao terrorismo. Segundo ele, por meio de acordos de cooperação já firmados, militares saberão instantaneamente se suspeitos embarcarem em um avião sentido Brasil.

“Qualquer suspeito que entrar num aeroporto do mundo será monitorado”, afirmou. “Sabendo disso, vamos decidir se é o caso de o mandar de volta ao país de origem ou fazer as averiguações necessárias. ”

Jungmann disse também que Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Israel e outros países ajudaram a planejar o esquema de combate ao terrorismo da Rio-2016. Afirmou até que, na semana passada, teve uma audiência com a embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde, para tratar das possíveis ameaças aos Jogos Olímpicos, entre outros assuntos.

O ministro da Defesa ressaltou que não há qualquer informação sobre planos de ataques ao país na Olimpíada. Nem os órgãos de inteligência do Brasil nem os estrangeiros emitiram qualquer alerta sobre o assunto. Por isso, ele diz que não há motivos para temer o terrorismo.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, repetiu que não é provável que ataques aconteçam, mas disse que a possibilidade existe, como em qualquer lugar do mundo. Ele afirmou, aliás, que os órgãos de segurança do Brasil usarão a base de dados dos Estados Unidos para controlar a entrada de suspeitos no país.

“Sabemos quem são os suspeitos de terrorismo, quem são os simpatizantes do terrorismo, sabemos tudo”, afirmou de Moraes. “Vamos usar o que há de mais moderno no combate ao terrorismo.”
 

Topo