Nada mais importa na Jamaica até domingo. Todos querem saber de Bolt

O Estádio Nacional da Jamaica, em Kingston, se tornará um templo esportivo para os jamaicanos ao longo dos próximos quatro dias. É nele que mais de 400 competidores do país terão a única chance para buscarem uma vaga nas provas de atletismo na Olimpíada do Rio de Janeiro, em pouco mais de um mês.

O esporte é o segundo mais popular do país, ficando somente atrás do futebol, esporte no qual os times populares no país são muito mais os da Inglaterra que os da própria ilha caribenha.

E entre os atletas em ação neste fim de semana está aquele que é ídolo, garoto-propaganda de diversas marcas e está na boca de todos com quem você conversa: Usain Bolt. O velocista começará a dar os seus primeiros passos em busca do tri olímpico nos 100 m, 200 m e 4x100 m rasos a mais de 5,8 mil quilômetros do Engenhão.

Como qualquer outro competidor, ele precisará conseguir na pista a sua vaga. Para isso, terá de ficar entre os três melhores em cada prova. Asafa Powell e Yohan Blake aparecem como os outros favoritos.

E claro que ninguém aposta em um fracasso de Bolt e todos querem vê-lo em ação. Não à toa, os ingressos para a final dos 100 m rasos na noite de sexta-feira são os mais inflacionados de toda a seletiva.

Em uma área mais nobre do estádio, as entradas saem por 3 mil dólares jamaicanos (R$ 77). Na parte mais popular, é preciso desembolsar 2 mil dólares jamaicanos (R$ 51). E a expectativa é de que os 35 mil lugares estejam ocupados.

Publicidades da seletiva estão nos principais canais locais e há páginas inteiras de anúncio nos jornais convocando o público para encher o estádio.

A imprensa local também dedica um grande espaço em seu noticiário desde o último fim de semana e em rápidos bate-papos com taxistas ou pessoas nas ruas fica clara a expectativa.