Olimpíadas 2016

Possibilidade de surfe na Olimpíada já faz Medina sonhar com ouro ao Brasil

Christophe Simon/AFP
Gabriel Medina participa de etapa do Rio do Mundial de Surfe de 2016 imagem: Christophe Simon/AFP

Guilherme Dorini

Colaboração para o UOL, em São Paulo

Depois de muita especulação, o surfe parece finalmente estar próximo de fazer parte do programa olímpico. No começo de junho, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu recomendar cinco modalidades esportivas para serem incluídas na Olimpíada de Tóquio, em 2020, e o surfe - ao lado de skate, beisebol/softbol, escalada e caratê - faz parte da lista. Essa possibilidade, cada vez mais real, mexe com a cabeça de alguns surfistas profissionais, e Gabriel Medina, grande nome da nova geração brasileira, já sonha com uma medalha de ouro.

“Acho que o surfe vai virar olímpico e, em 2020, provavelmente poderemos representar o Brasil em uma Olimpíada. Será um grande orgulho representar nossa bandeira. Estou feliz e ansioso por isso”, disse Gabriel Medina.

Sobre a possibilidade de conquistar um inédito ouro olímpico ao país, caso a modalidade seja confirmada nos Jogos de 2020, Gabriel deixou clara sua vontade de estar presente na competição e colocar a medalha dourada no peito. “Acho que todos os atletas que praticam algum esporte um dia sonham em conquistar uma medalha de ouro ao Brasil, e no surfe não vai ser diferente. Vamos sonhar com isso e fazer com que vire nosso próximo objetivo”, completou Medina.

A decisão do comitê executivo do COI deverá ser referendada durante a 129ª sessão da entidade, marcada para agosto, no Rio de Janeiro, e faz parte de uma “reforma” do programa olímpico iniciada por Thomas Bach, presidente da entidade, a fim de trazer aos Jogos modalidades que sejam mais populares no país sede.

Depois de vencer a etapa de Fiji, e se preparando para a competição em Jeffreys Bay, na África do Sul, o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe esteve neste final de semana em Maresias para o lançamento do Instituto Gabriel Medina e do Circuito Medina/ASM, organizado para ajudar nas categorias de base da modalidade no país.

“Me sinto orgulhoso com isso. Estou devolvendo um pouco do que o surfe me deu. Quero dar oportunidade e buscar o melhor de cada moleque. Talvez alguns não saibam que tenham esse dom. Quero estar presente, dividir um pouco da minha experiência no dia a dia, junto com o meu pai, e ajudando a revelar novos talentos”, completou.

Campeão mundial em 2014, Gabriel Medina é o atual vice-líder do Circuito Mundial de Surfe (WCT) com 24 mil pontos, 8.500 a menos que o Matt Wilkinson, dono da lycra amarela até o momento.  Ainda faltam seis etapas para o fim da temporada. Além de J-Bay, os profissionais ainda têm pela frente Taiti, Estados Unidos, França, Portugal e Havaí.
 

Topo