Seleção inicia treinos e Magnano pede coragem para buscar medalha
A seleção brasileira masculina de basquete iniciou neste sábado um período de 43 dias de preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E na primeira conversa direta que teve com os atletas, o treinador pediu coragem na busca por uma medalha.
"É o que eu falei na apresentação. Devemos ter coragem de acreditar que se pode fazer um bom trabalho e lutar pela medalha. Temos que nos alimentar com trabalho e confiança. Nossas perspectivas são boas, como já falei. E eles (jogadores) sabem disso", afirmou o treinador logo após o treino no clube A Hebraica na manhã deste sábado.
O grupo ainda não está completo. Dos 14 pré-convocados pelo treinador, quatro só se apresentarão no dia 30: Anderson Varejão, Augusro Lima, Leandrinho e Raulzinho. Eles tiveram permissão da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para se apresentarem depois.
"Tivemos que alterar um pouco o calendário. Sabíamos que teríamos jogadores envolvidos na final da NBA (casos de Varejão e Leandrinho) e com o Real Madrid (onde joga Augusto Lima) na final da liga espanhola. Mas teremos todos aqui no dia 30. Está tudo certo. Todos estão comprometidos", disse o treinador, que não teve de arcar com nenhum pedido de dispensa após a divulgação da lista.
Com a cabeça já nos Jogos, Magnano evitou taxar o grupo brasileiro na primeira fase da Olimpíada como o da morte. A seleção enfrentará Espanha e Lituânia (campeã e vice da Europa, respectivamente), Argentina, Nigéria e uma seleção saída do Pré-Olímpico Mundial.
"Falar que é da morte, significa que já estamos fora. Vamos nos preparar da melhor maneira possível e não tem jeito. Todos são adversários duros, mas já jogamos contra todos eles", afirmou o treinador.
O pivô Nenê, que sempre teve um histórico turbulento dentro da seleção, demonstrou empolgação com a oportunidade de disputar a Olimpíada em casa. E diz também acreditar na medalha.
"Esta é uma geração com muita bagagem. E é uma situação especial jogar uma Olimpíada em casa, algo de uma grande magnitude, não tem como explicar. Tudo que já nos aconteceu serve como experiência, mas não é isso que vai dizer alguma coisa, e sim o que fizermos dentro das quatro linhas", disse o jogador se referindo às quedas nas quartas de final da Olimpíada de 2012 e da Copa do Mundo de 2014.
A seleção treinará em São Paulo até os Jogos Olímpicos e só viajará ao Rio de Janeiro em 3 de agosto, dois dias antes da abertura. O time fará amistosos na capital paulista e em Mogi das Cruzes em sua preparação.