Paes diz que crise no Estado não é por Olimpíada, mas é justo haver ajuda
Rodrigo MattosDo UOL, no Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou desvincular a crise econômica do estado do Rio de Janeiro à Olimpíada, mas ao mesmo tempo afirmou que deve haver ajuda federal por causa dos Jogos.
O governo do estado é comandado por um aliado político, Francisco Dornelles, que substitui o governador Luiz Fernando Pezão, do mesmo partido do prefeito, o PMDB. O discurso do prefeito ocorreu em um evento em que garantiu que os Jogos não serão afetados após o governo estadual decretar estado de calamidade pública.
“Não há nenhuma correlação entre as Olimpíadas e a crise financeira do estado”, disse o prefeito.
“Olimpíadas servem de argumento para pleitear ajuda para estabilizar os serviços do Rio de Janeiro. O que você tem de risco é para os serviços do Rio. Nada mais justo que o presidente Michel Temer e o governo federal ajudem o estado, porque serão os jogos não só da cidade, mas do país”
O principal compromisso do estado na olimpíada é a conclusão do metrô, que tem um custo total de R$ 10 bilhões. Apesar de o governo estadual estar quebrado, Paes fez elogios ao estado ao chamar de milagre a conclusão da obra.
Durante longa apresentação, Paes mostrou que as contas da prefeitura não estão comprometidas e que foram cumpridas as leis de responsabilidade fiscal no município. Ao falar do estado, disse não saber qual o diagnóstico para a crise econômica.
“Não há nenhuma ilegalidade na ajuda. Não se está cometendo nenhuma ilegalidade, então acho justo que tenha ajuda para o evento”, disse ele sobre decretar o estado de calamidade.
Embora defenda que a realização da olimpíada não será afetada, Paes reconheceu que a imagem do Rio foi impactada pela crise estadual.
“Obvio que sim, a questão agora é solucionar o problema”, finalizou.