Desde o último mês, o Comitê Rio-16 iniciou o envio de ingressos para Olimpíada e Paraolimpíada. E muitos dos torcedores que receberam as entradas já postaram fotos em seus perfis em redes sociais, como Facebook e Twitter. Mas a divulgação para os amigos que você é um dos que terá a oportunidade de acompanhar os Jogos pode causar sérios problemas caso pessoas de má fé queiram se aproveitar disso. 

De acordo com o Comitê, falsificadores podem reproduzir cópias fiéis dos bilhetes caso tenham acesso ao código de barras impresso neles. Por isso, a principal recomendação é: em nenhuma hipótese exiba este código em suas fotos.

"Sabemos que todos estão felizes e querem postar foto dos ingressos e não vemos nenhum problema nisso. Mas a recomendação é que não se exiba o código de barras. Com uma imagem nítida dele, a falsificação é possível. É como se fosse uma nota de dinheiro, passível de ser falsificada", afirmou ao UOL Esporte Donovan Ferreti, diretor de ingressos da Rio-16.

O diretor afirma que é muito difícil de ter conhecimento de uma possível falsificação até o dia da competição. Mas que o sistema de leitura dos tíquetes na entrada das arenas reconhecerá apenas um código de barra. Assim, um espectador que comprou por meios legais corre o risco de ficar sem assistir ao evento caso um ingresso falso com o mesmo código seja passado antes.

"Também contamos com um sistema de inteligência em conjunto com a polícia que rastreia diversos sites e redes sociais para verificar se ingressos falsificados não estão sendo comercializados livremente. Mas o controle mesmo será na entrada", completou Ferreti.

Ainda por questão de segurança pessoal e para dificultar a a vida de falsificadores, o diretor recomenda que as pessoas não exibam em fotos de ingressos o assento que ocuparão nas arenas.

Grupo monitora também anúncios de venda

Para combater o cambismo e a venda por meio de portais não-oficiais, o grupo de inteligência monitora também ofertas e anúncios de vendas de ingresso feitos nas redes sociais.

"Contamos com um sistema oficial de revenda e quem faz o anúncio nestas redes está violando os termos de compromisso. Muitas vezes vemos anúncios de pessoas dizendo que estão vendendo pelo mesmo preço de face que na verdade estão apenas esperando um primeiro contato para inflacionar o preço. E quem vai comprar também precisa estar muito atento, pois muitas vezes estas entradas, ainda que originais, já foram canceladas em nosso sistema eletrônico e não serão aceitas", afirmou Ferreti.

Você é o responsável por seu ingresso

Caso você deseje vender para alguém seu ingresso sem ser pelo sistema oficial de revenda ou presentear um amigo ou parente, fique atento. Caso esta entrada pare no mercado negro ou algum problema com ela seja registrado, você será o responsável por arcar com as consequências judiciais.

O Comitê, entretanto, não proíbe que outra pessoa entre nas arenas usando um ingresso que não tenha o nome dela estampado na face. "É impossível fazer checagem de documento de todos os espectadores. O que vamos controlar sim são os documentos daqueles que adquiriram meia-entradas", afirmou Ferreti.

Posto de venda é aberto em São Paulo 

Nesta terça-feira, o Comitê abriu em São Paulo o sue primeiro posto fixo de venda de entradas. Ele fica localizado no Shopping West Plaza (Av. Francisco Matarazzo, S/n - Água Branca). 

A bilheteria funciona tanto para venda como para retirada dos ingressos comprados pela internet. Os ingressos adquiridos nos postos físicos de venda não têm arte específica para cada esporte, como os comemorativos.

Nestes postos de venda, cada pessoa pode comprar até 120 ingressos e somente maiores de 18 anos podem fazer a aquisição. O pagamento só pode ser feito com dinheiro ou cartão de débito/crédito Visa.

As vendas também seguem pelo site www.rio2016.com/ingressos. Além dos ingressos que estão disponíveis, o Comitê tem feitos novas liberações às 12h (de Brasília) de quinta-feira.