Preparação para Rio-2016 faz Maurine ficar mais perto de namorado zagueiro

A menos de dois meses dos Jogos Olímpicos, a lateral da seleção feminina de futebol Maurine tem unido o útil ao agradável. Concentrada com o grupo que disputará uma medalha em Itu, no interior de São Paulo, a jogadora tem aproveitado o local escolhido para preparação para ficar mais perto do namorado, o zagueiro da Ponte Preta Wellington. Itu fica a menos de 50 km de Campinas, cidade onde o jogador mora.
"A gente leva uma relação a distância há quase dois anos, então quando a gente fica mais perto por causa do trabalho é melhor", conta Maurine, um dos destaques da seleção feminina. "Não sei se a gente terá muito tempo para se ver, por causa dos treinos. Mas, claro, nos dias de folga fica mais fácil de se deslocar para ver um ao outro". Maurine é de Porto Alegre, onde ainda vive a família. Wellington é de Bauru, em São Paulo.
Maurine e Wellington estão juntos há 1 ano e 8 meses. Eles se conheceram quando o atleta jogava no Palmeiras, por uma amiga em comum. Desde então, vivem o relacionamento entre voos. "Ela começou a me seguir numa rede social. Começamos a conversar até que a gente se conheceu pessoalmente", explica o zagueiro.
A história de amor dos dois começou numa festa de aniversário de Wellington, em Osasco. "Ela apareceu sem avisar", relembra o jogador. E foi já na primeira vez que se viram que engataram o romance. "A gente flertava antes, então meio que aconteceu. Mas no começo não tinha nenhum interesse", explica Maurine, que acabara de voltar de um torneio internacional.
Muitas coisas unem o casal. Mas Maurine e Wellington são categóricos ao afirmar que o amor pelo futebol é determinante para que a relação se mantenha viva. Juntos, eles assistem a partidas em casa, comentam o desempenho um do outro e até batem bola. "Os amigos brincam que é alma gêmea", comenta Wellington, sobre o fato de, assim como ele, a lateral viver do esporte. "Facilita muito, porque não tem essa de a namorada ficar de fora de conversas que a gente tem. Fica mais parceira, mesmo", diz.
"A gente conversa muito sobre futebol", completa Maurine, que reconhece, no entanto, que, muitas vezes, o papo acaba virando uma discussão. "Não gosto quando ele me critica, apesar de eu pedir sempre opinião sobre o meu trabalho. Sei que é algo construtivo, mas me irrito", admite.
Wellington, no entanto, elogia mais que "corneta". "Ela é muito inteligente como jogadora, tem uma boa batida", diz. Maurine também destaca os pontos fortes do namorado em campo. "Ele é técnico, tem boa saida de bola, não dá chutão", enumera.
Para a atleta, namorar um jogador sendo também uma profissional evita também uma pecha que normalmente as mulheres que se envolvem com eles têm: ser maria-chuteira. "As pessoas olham por esse lado, né? Mas se for assim ele é joão-chuteira", concorda ela, ao ser questionada sobre o preconceito.
Com o foco na Olímpiada, Maurine não tem feito muitos planos para o relacionamento. Espera, no entanto, que o namorado consiga assistir a alguma partida dela na seleção brasileira. Em quase dois anos de namoro, Wellington nunca pôde vê-la jogar num estádio.
"A vida de jogador é mais corrida, por causa do calendário", explica ela, que já tietou o namorado em partidas tanto do Palmeiras quanto do Atlético-PR, clube que defendeu antes de seguir para o time campineiro. "Mas eu adoraria que ele tivesse algum tempo para me ver jogar".
Wellington também espera ter algum tempo livre para acompanhar a namorada em algum jogo válido pelos Jogos do Rio de Janeiro. "É um momento muito importante da carreira dela. Então eu adoraria poder prestigiar, se for possível. Vamos ver o que acontece até lá", encerra o jogador.