Olimpíadas 2016

Diretor do COB: Brasil está no caminho para virar potência olímpica no Rio

COB/Divulgação
Marcus Vinicius Freire passa a expectativa da delegação brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio imagem: COB/Divulgação

Marcus Vinicius Freire

Especial para o UOL

Para celebrar os 50 dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, o UOL Esporte pediu ao diretor executivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinicius Freire, fazer um artigo falando da expectativa da delegação brasileira para o evento. 

Abaixo segue a mensagem deixada pelo dirigente na reta final da preparação para as Olimpíadas:

Para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), Potência Olímpica significa um país posicionado entre os 10 primeiros nos Jogos Olímpicos, pelo número total de medalhas conquistadas, em mais de 10 modalidades.

Nas últimas quatro edições de Jogos Olímpicos (de 2000 a 2012), os países que ficaram na décima posição ganharam entre 27 e 30 medalhas. Foram eles Coréia do Sul, Reino Unido, Ucrânia e Itália. O Brasil, em Londres 2012, ficou na 15o posição, ganhando 17 medalhas em 9 modalidades.

Porém, pelos resultados internacionais dos últimos três anos, existe uma tendência de maior distribuição de medalhas para os oito primeiros colocados, além de mais países chegando ao pódio, o que causa maior dispersão das medalhas. Sendo assim, acreditamos que com cerca de 24 medalhas seja possível alcançar o Top 10 nos Jogos Rio 2016. De qualquer forma, a meta do COB é ficar entre os 10 primeiros colocados pelo total de medalhas. A quantidade necessária para isso só saberemos ao final dos Jogos, no dia 21 de agosto.

Em 2009, o COB criou o seu Mapa Estratégico e determinou como foco principal a 10a posição nos Jogos do Rio em 2016, pelo número total de medalhas. Montamos então um Planejamento Estratégico, aprovado pelo Presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, para tentarmos atingir tal meta e estamos seguindo à risca cada uma das ações que podem levar o Time Brasil (atletas + torcida) a comemorar este salto de qualidade.

Claro que a meta não é fácil, mas é factível. Quase dobrar o número de medalhas em quatro anos é uma missão que exige muito planejamento, recursos financeiros e humanos, muita ciência do esporte, bons treinadores e atletas fora de série, preparados com o que existe de melhor no mundo do esporte.

Temos hoje alguns dos melhores treinadores do mundo, liderando nossas seleções. Como exemplo, podemos citar os brasileiros Bernardinho e Zé Roberto Guimarães, do vôlei; Torben Grael, da vela; Marcos Goto, da ginástica; e Rosicléia Campos, do judô; e alguns dos estrangeiros como o russo Alexander Alexandrov, da ginástica; o croata Radko Rudic, do polo aquático; o espanhol Jesus Morlan, da canoagem; o argentino Ruben Magnano, do basquete. Todos multimedalhistas olímpicos e mundiais.

Nosso investimento em ciências do esporte abrange muitas áreas que a torcida nem imagina como Bioquímica, Treinamento Mental,  Geociência e Meteorologia, Ciência do Sono, Cinemática, Fisiologia, Prevenção de lesões, entre outras.

Nos Campeonatos Mundiais, comemoramos os melhores primeiros três anos de um Ciclo Olímpico na história esportiva do Brasil, com 27 medalhas em 2013, 24 medalhas em 2014 e 16 medalhas em 2015. Bem como nos ótimos resultados do início de 2016.

Esses bons resultados não garantem as medalhas em 2016, mas mostram que o caminho traçado pelo plano estratégico do COB está no ritmo esperado.

Teremos mais de 430 atletas olímpicos na delegação, representando os 210 milhões de brasileiros, daqui a 50 dias no Rio.

E esperamos contar com o apoio da imensa torcida, que se unirá aos atletas em um só time e um só coração: o Time Brasil!  #eusouTimeBrasil

Marcus Vinicius Freire
Medalhista Olímpico de Prata Voleibol 1984 Los Angeles
Diretor Executivo de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil

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