Governo federal pagará parte das cerimônias da Rio-2016
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), afirmou nesta quarta-feira (15) que o governo federal deve assumir mais uma conta da Rio-2016. Após pagar pela segurança e o material esportivo dos Jogos Olímpicos, a União deve pagar também parte das cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e Paraolimpíada.
Picciani disse que a ajuda no custeio das quatro festas, que acontecerão no Maracanã, foi definida em reunião entre o presidente interino, Michel Temer (PMDB), e o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, na quarta-feira, no Rio de Janeiro. Após o encontro entres os dois, a decisão de pagar parte das festas foi comunicada a organizadores dos Jogos.
"O presidente Temer sinalizou favoravelmente e se colocou à disposição [sobre a ajuda no pagamento das festas]", afirmou Picciani. "Nós vamos discutir [o formato da ajuda] nos próximos dias. Vamos ver se é possível patrocinar ou pagar."
Segundo o ministro, as quatro festas custarão R$ 250 milhões. Picciani não disse com quanto desse total o governo está disposto a arcar. Ele afirmou que isso será discutido com o presidente do Comitê Organizador da Rio-2016, Carlos Nuzman.
Inicialmente, o Comitê Organizador havia se comprometido a pagar sozinho a realização das cerimônias com recursos arrecadados com parceiros. O órgão, contudo, promoveu um corte de gastos para equilibrar seu orçamento. A ajuda federal, portanto, seria bem-vinda.
O presidente do COI sabe disso. Ele, então, aproveitou a reunião com o presidente Temer para discutir o apoio do governo ao Comitê Organizador. Temer afirmou que está disposto a ajudar no que for preciso. Bach comemorou em reuniões a posição do presidente interino.
"O presidente do COI fez referência à conversa que teve com o presidente Temer sobretudo sobre as cerimônias de abertura, da ajuda às cerimônias", complementou Picciani, após deixar uma reunião com membros da organização da Olimpíada na qual Bach esteve.
O Comitê Organizador da Rio-2016 confirmou a negociação para a ajuda no pagamento das cerimônias, mas descartou a injeção direta de recursos federais nas festas. O órgão já anunciou que não pretende contar com dinheiro público para financiar suas atividades. Por isso, espera que o apoio às cerimônias venha por meio de patrocínio ou de alguma outra operação ainda não definida.