Pistorius apresenta depressão severa e não pode testemunhar, diz psicólogo

Da EFE
Em Pretória
AP
Oscar Pistorius se apresenta em Pretoria para prestação de serviços comunitários

Oscar Pistorius apresenta uma "depressão severa" que lhe impede de testemunhar na audiência que começa nesta segunda-feira em Pretória e na qual será decidida a pena que deverá cumprir pelo assassinato de sua namorada, declarou perante um tribunal um psicólogo chamado pela defesa.

"Ele apresenta sinais de desordens pós-traumática, de ansiedade e depressão", afirmou o psicólogo Jonathan Scholtz durante o primeiro dia de audiência, que pode se prolongar até sexta-feira.

Lendo o relatório psicológico que elaborou a pedido da defesa, Scholtz explicou que Pistorius toma remédios antidepressivos e sofre de fobia social e paranoia.

Pistorius, de 29 anos, matou a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013 em sua casa de Pretória.

A magistrada que o julgou aceitou sua versão dos fatos e lhe condenou a cinco anos de prisão pelo um crime de homicídio, mas a sentença foi cancelada pela Suprema Corte, que lhe declarou culpado pelo assassinato.

A decisão sobre sua pena corresponde agora ao Tribunal Superior de Pretória, que lhe condenou em primeira instância.

A lei sul-africana prevê uma pena mínima de 15 anos de prisão para os crimes de assassinato, que no entanto pode ser reduzida se o tribunal considerar que existem circunstâncias para isso.

Após o depoimento das testemunhas da defesa e da argumentação do advogado de Pistorius, Barry Roux, para buscar uma sentença mais leve, será a vez da Promotoria, que apresentará perante a juíza Thokozile Masipa argumentos para uma condenação mais dura.

Pistorius já passou um ano atrás das grades cumprindo sua pena por homicídio e vive em prisão domiciliar na mansão de sua família em Pretória desde que saiu da prisão por bom comportamento em 20 de outubro.